A água começou a voltar às torneiras das zonas mais altas da cidade durante a noite e manhã. Os depósitos continuam a encher e espera-se que até ao final do dia de hoje atinjam o pleno, referiu.
Segundo Vítor Correia, os primeiros problemas naquele concelho do distrito de Bragança foram assinalados já ao início da noite de segunda-feira, entre as 21:00 e as 22:00, e ainda não tinha sido possível restabelecer o fornecimento em alguns locais da área urbana.
"A água é proveniente da albufeira do Azibo e fornecida em alta pela Águas do Norte. Tendo em conta a falha de energia e que em Macedo de Cavaleiros, onde fica a barragem, só foi retomada por volta das 23:00 [de segunda-feira], fragilizou o abastecimento e os depósitos ficaram em baixo", explicou Vítor Correia, acrescentando que estava a haver consumo sem reposição.
Depois do regresso da energia elétrica, começaram a ser feitas as reposições dos depósitos, enquanto em simultâneo continuaram a ser feitos os habituais consumos da população.
"Nas partes mais altas da cidade ainda está a haver algumas dificuldades das águas chegarem ao local. Os depósitos têm vindo a recuperar, mas ainda não estão no ponto ótimo", admitiu Vítor Correia, salvaguardando que no resto do concelho a situação está normal.
A água está a ser bombeada para os depósitos "no seu máximo", garantiu o autarca, só que o Azibo abastece dois concelhos e, no caso de Mirandela, mais a jusante, chega por gravidade e como tal "demora mais".
A previsão apontava para que a água pudesse voltar pela hora do jantar de terça-feira.
Durante a noite, com os consumos a baixar, e sem estragos nas condutas, o que por vezes acontece quando há oscilações na pressão, era esperado que o abastecimento engrenasse na normalidade, o que acabou por acontecer totalmente durante esta manhã.
O concelho de Mirandela ronda os 21 mil habitantes, segundo os últimos censos, sendo que mais de 11 mil residem na cidade.
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do "apagão".
O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu na terça-feira de manhã que o serviço estava totalmente reposto e normalizado.
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