Santa Casa inaugura centro para pessoas que trabalham mas vivem na rua

A cidade de Lisboa vai contar, a partir de hoje, com um centro de acolhimento temporário para pessoas que vivem na rua porque, apesar de trabalharem, os seus rendimentos não lhes permitem alugar ou comprar casa.

sem abrigo

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Lusa
10/12/2024 06:49 ‧ 10/12/2024 por Lusa

País

Lisboa

A inauguração do Centro de Alojamento Temporário do Grilo, da responsabilidade da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), acontece às 12h00, com a presença da Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, e é uma resposta específica "para pessoas em situação de sem teto (pessoas que estão a dormir na rua), com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos".

 

O centro tem capacidade para acolher 48 pessoas, mas pode atingir as 90 vagas no caso de os quartos serem duplos, refere a SCML, que explica que estão destinadas a pessoas que vivam na rua "há menos de um ano, por incapacidade financeira de aceder ao mercado de habitação, embora aufiram rendimentos do trabalho ou da formação".

"Trata-se de um equipamento inovador e essencial que procura responder à necessidade emergente de providenciar alojamento temporário a pessoas que, embora aufiram rendimentos, não conseguem aceder a habitação própria", refere a SCML em comunicado.

A instituição acrescenta que desta forma será reforçada a capacidade instalada de alojamento temporário da SCML e da cidade de Lisboa, complementando a resposta existente e diversificando as respostas por tipo de públicos.

O centro irá também "facilitar o trabalho das equipas do NPISA -- Núcleo de Planeamento e Integração das Pessoas em Situação de Sem-Abrigo e do atendimento da Unidade de Emergência da SCML, passando a contar com mais uma resposta para poder encaminhar pessoas que se encontram naquela situação".

Segundo a SCML, esta nova resposta irá contar com "uma equipa técnica multidisciplinar, que contribuirá para o desenvolvimento de um modelo de intervenção e acompanhamento integrado, centrado na pessoa, ou seja, no indivíduo, na família e na comunidade".

Com a abertura deste novo centro de acolhimento, a instituição passa a ter cinco equipamentos de alojamento temporário e de emergência direcionados para públicos específicos, nomeadamente ex-reclusos, jovens com percursos de institucionalização, mulheres com filhos ou pessoas com necessidade de acompanhamento terapêutico.

Dados do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança (MTSSS) mostram que até ao dia 31 de dezembro de 2023 havia 4.871 pessoas em situação de sem-abrigo na área metropolitana de Lisboa, 3.378 das quais na cidade de Lisboa.

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