"Este meio acordo foi o que nos acordámos e que nós achamos ser suficiente neste momento, tendo em conta que conseguimos ter uma alavancagem salarial sobretudo para quem acaba de entrar para a polícia", disse aos jornalistas o presidente do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia (SNOP), um dos três sindicatos da PSP e duas associações da GNR que chegaram hoje a acordo com o Governo sobre o suplemento de risco, que se traduz num aumento faseado de 300 euros até 2026.
Bruno Pereira, que é também porta-voz da plataforma dos sindicatos da PSP e associações da GNR, sustentou ser "um meio acordo", uma vez que "fica aquém daquilo que se considera ser o acordo ideal.
O presidente do SNOP explicou que os polícias conseguem com este acordo um aumento de 300 euros em dois ano e meio, além de ter ficado estabelecido "um revistar das carreiras e salários".
"É a solução possível neste momento e mostra sentido de responsabilidade. Aceitar este meio acordo não significa que iremos baixar os braços", frisou.
Questionado sobre as estruturas que pertencem à plataforma e não assinaram o acordo, Bruno Pereira disse que "a democracia tem estas coisas".
Apesar de terem tido um "posicionamento diferente", ainda ninguém disse que queria sair da plataforma, esclareceu.
As palavras são presidente do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícias (SNOP), Bruno Pereira, que foi um dos sindicatos da PSP que assinaram o acordo com o Governo sobre a atribuição de um suplemento de risco.
Notícias ao Minuto | 20:26 - 09/07/2024
Também o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), outra das estruturas que chegou a acordo com o Governo, considerou tratar-se de "um meio acordo porque não foi ao encontro das expectativas", nomeadamente em relação à paridade com os elementos da Polícia Judiciária.
"Por uma questão de responsabilidade decidimos aceitar. Aceitamos para resolver o impasse e para que os profissionais que estão na situação de reserva e vão passar à reforma possam levar mais algum que será contabilizado na sua pensão de reforma. Caso isto não avançasse já eles não iriam receber nenhum valor", disse César Nogueira, frisando que "foi a pensar nos mais velhos e nos mais novos que queiram concorrer à GNR" que assinaram o acordo.
Segundo César Nogueira, trata-se do maior aumento, "mas não é um grande aumento e fica abaixo daquele que foi atribuído à PJ".
O presidente da APG afirmou ainda que "é urgente discutir o estatuto remuneratório", sendo esta uma das questões que ficou firmada no acordo para ser abordado a partir de janeiro de 2025.
Além do aumento de 300 euros, passando a variante fixa do suplemento fixo dos atuais 100 para 400 euros, o acordo assinado prevê também revisão do estatuto profissional, alterações na tabela remuneratória em 2025 e na portaria da avaliação, revisão das tabelas dos remunerados e via verde na saúde.
Este aumento de 300 euros vai ser pago em três vezes, sendo 200 euros este ano e os restantes no início de 2025 e 2026, com um aumento de 50 euros em cada ano, além de se manter a vertente variável de 20% do ordenado base.
O suplemento de risco e serviço nas forças de segurança é composto por uma componente variável de 20% do ordenado base e de uma componente fixa, que vai passar de 100 euros para 400 euros.
Das 13 estruturas sindicais e associativas presentes na reunião, cinco assinaram o acordo, sendo aquelas que representam o maior número de elementos da PSP e GNR.
Os sindicatos da PSP que assinaram o acordo são o Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia (SNOP), Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) e Sindicato Nacional da Carreira de Chefes (SNCC), enquanto as associações da GNR são a Associação dos Profissionais da Guarda (APG) e Associação Nacional dos Oficiais da Guarda (ANOG).
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