A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, defendeu, esta quarta-feira, a sua decisão de nomear o médico militar António Gandra d'Almeida para o cargo de diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), sublinhando que se trata de um profissional com "humildade e empatia próprias para trabalhar" em equipa. Questionada sobre o antecessor ao cargo, recusou comentar se o afastaria.
"A escolha do doutor Gandra d'Almeida vai muito para além do facto de ele ser militar. O doutor Gandra d'Almeida tem um currículo de grande qualidade operacional, um currículo também ligado à urgência e emergência, ligado ao trabalho em equipa. É uma pessoa mobilizadora, é uma pessoa que tem uma humildade e empatia próprias para trabalhar com as equipas", disse em entrevista à SIC Notícias.
Ana Paula Martins lembrou que, segundo o que foi estabelecido pela antiga ministra da Saúde Marta Temido, responsável pela criação da Direção-Executiva do SNS, "a maior missão" do diretor-executivo "é garantir a articulação de todas as unidades do SNS, em todas as regiões, fazendo-as trabalhar em rede" e Gandra d'Almeida "tem características operacionais que garantem tudo isso".
Sobre Fernando Araújo, que apresentou a sua demissão do cargo no final de abril, alegando que não queria ser obstáculo ao Governo, a ministra recusou revelar se o afastaria do cargo, caso o médico não o tivesse feito por "vontade própria".
Sublinhe-se que o Ministério da Saúde anunciou, na passada quarta-feira, que o Tenente-Coronel Médico António Gandra d'Almeida foi escolhido para ser o novo diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde.
A designação aconteceu um di após o Governo ter recebido o relatório de atividades da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE – SNS).
A designação aconteceu cerca de um mês após Fernando Araújo ter anunciado a sua demissão do cargo de diretor-executivo do SNS, alegando que não queria ser obstáculo ao Governo nas políticas e nas medidas que considere necessárias.
A direção executiva, sublinhe-se, iniciou a sua atividade a 1 de janeiro de 2023, na sequência do novo Estatuto do Serviço Nacional de Saúde (SNS) proposto ainda pela então ministra Marta Temido, com o objetivo de coordenar a resposta assistencial de todas as unidades do SNS e de modernizar a sua gestão.
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