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Subsídios na GNR? "Para primeira proposta é muito mau"

Também os sindicatos ligados à Polícia de Segurança Pública vão ouvir esta quinta-feira a proposta do ministério da Administração Interna (MAI). Antes da reuniões, responsáveis garantem que se a proposta for semelhante à que foi feito à Guarda Nacional Republicana, esta fica "muito aquém". Elementos das forças sindicais falam ainda em discriminação.

Subsídios na GNR? "Para primeira proposta é muito mau"
Notícias ao Minuto

19:10 - 02/05/24 por Teresa Banha com Lusa

País GNR

O presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), César Nogueira, falou, esta quinta-feira, à saída da reunião com a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, que no início das negociações, hoje, apresentou uma proposta abaixo do que os militares reivindicam.

"Para primeira proposta, mesmo assim, é muito mau - pelo menos, mediante as expetativas que os profissionais tinham", considerou, explicando aos jornalistas que seria agora apresentada uma contraproposta.

Salientando que guardas, oficiais e sargentos são 'divididos' em categorias, o responsável afirmou: "Só por aí já é um erro. O risco é igual para todos. Não pode ser dividido por categorias. É mediante as funções que se exercem, se são de risco ou não".

César Nogueira explicou que "todas as associações mostraram o seu desagrado" e que mesmo a questão acima mencionada da 'divisão' foi tema em cima da mesa na reunião, que decorreu em Lisboa.

O responsável sindical reforçou que a contraproposta iria insistir na igualdade de valores em relação ao que foi acordado com a Polícia Judiciária.

À reunião com as associações sindicais da GNR segue-se um encontro com os sindicatos da Polícia de Segurança Pública. À chegada, por volta das 17 horas, estas estruturas sindicais garantiram que a proposta teria que corresponder às expetativas, nomeadamente, com valores iguais aos da Polícia Judiciária.

"Não estamos num regime de castas", dizem polícias

Três horas depois, e antes de entrar para a reunião, o representante do Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL), Armando Ferreira, foi confrontando com estes valores agora conhecidos - e questionado sobre os mesmos. "A confirmarem-se esses valores, para nós é inconcebível haver discriminação hierárquica na atribuição do suplemento de missão ou risco aos profissionais da Polícia de Segurança Pública", garantiu.

"Não há muito a negociar". SINAPOL não aceitará menos do que valor da PJ

Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL) reúne-se às 17 horas com a ministra da Administração Interna, juntamente com outras forças sindicais. O responsável pela SINAPOL afirma que polícias não "hesitarão" em regressar aos protestos caso não haja uma "proposta digna".

Notícias ao Minuto | 17:14 - 02/05/2024

"Todos os polícias deviam ganhar o mesmo. Não estamos num regime de castas para haver diferenciação. A profissão policial é uma. Os polícias já ganham diferenciação salarial mediante os postos que têm. Não têm que ter um risco diferente mediante o posto que têm", afirmou, acrescentando ainda que a situação fica "muito aquém" daquilo que foi transmitido durante a campanha eleitoral.

O que propõe o MAI à GNR?

Segundo a proposta inicial do Governo os oficiais passariam a ter um subsídio de 12% da remuneração base do comandante-geral da GNR, que é de 5.216,23 euros, enquanto a percentagem para os sargentos é de 9% e para os guardas de 7%.

Com esta proposta, os oficiais da GNR tinham um aumento de 625,94 euros, os sargentos 469,46 euros e os guardas 365,13 euros.

A ministra da Administração Interna está a apresentar hoje aos sindicatos da PSP e associações socioprofissionais da GNR a proposta de atribuição de um subsídio aos elementos das forças de segurança.

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