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Poeiras não colocaram em causa saúde dos mais sensíveis, diz relatório

As poeiras do norte de África não atingiram níveis que colocassem em causa a saúde das populações mais sensíveis na sexta-feira e tiveram muito menor expressão do que as registadas há duas semanas, indica um relatório hoje divulgado.

Poeiras não colocaram em causa saúde dos mais sensíveis, diz relatório
Notícias ao Minuto

14:08 - 06/04/24 por Lusa

País Poeiras

Na sexta-feira, em "nenhum local de Portugal continental se atingiu o valor-limite diário das partículas inaláveis (PM10) de 50 microgramas por metro cúbico, não tendo os níveis atingidos posto em causa a saúde das populações mais sensíveis", refere a análise da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

Esta faculdade efetua diariamente, para a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a previsão e análise de eventos naturais, que incluem principalmente o transporte de partículas no ar desde o norte de África.

A APA alertou na sexta-feira que estava prevista uma massa com poeiras provenientes do norte de África que poderia afetar a qualidade do ar no Algarve, em Lisboa e no interior do país.

O relatório a que a Lusa teve acesso indica que este fenómeno teve, assim, "muito menor expressão que há 15 dias", quer em termos de duração, quer de regiões afetadas e de níveis atingidos.

Os valores mais elevados foram atingidos hoje no Algarve, monitorizados nas estações de qualidade do ar de Faro e Portimão, tendo o pico em Faro sido de 82 microgramas por metro cúbico de média horária entre as 08h00 e as 09h00 horas e registando uma redução desde então.

Em Portimão, "têm-se verificado oscilações, com os níveis mais elevados principalmente no início do dia de hoje, entre a 01:00 e as 04:00 da manhã, mas alcançando, em termos de médias horárias, valores da ordem de 60 microgramas por metro cúbico", adianta ainda o documento.

Em outros locais de Portugal, incluindo na região de Lisboa, as concentrações de partículas foram reduzidas, mas a chuva fraca em algumas situações arrastou partículas presentes a maior altitude e que sujaram as superfícies.

"A circulação do quadrante sul ao longo desta tarde de sábado tornar-se-á de noroeste na região sul de Portugal continental, nos níveis baixos da atmosfera, o que irá impedir progressivamente que a massa de ar com origem no norte de África exerça influência sobre a região do Algarve", prevê a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

De acordo com o documento, as concentrações de partículas inaláveis no Algarve ainda são relativamente elevadas e, apesar da diminuição que já está a ocorrer, deve ainda "merecer alguma precaução por parte das populações mais sensíveis", como crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios.

A ocorrência de precipitação durante a madrugada atenuará ainda mais as concentrações de poeiras na atmosfera nesta região, indica o relatório.

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