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Costa espera que relação de PR com futuro Governo seja "ainda melhor"

O primeiro-ministro manifestou hoje o desejo de que as relações entre o Presidente da República e o futuro Governo sejam tão boas "ou, se possível, melhores ainda" do que foram com o seu, afirmando não se recordar de uma "relação tão cooperante".

Costa espera que relação de PR com futuro Governo seja "ainda melhor"
Notícias ao Minuto

12:10 - 27/03/24 por Lusa

País António Costa

Numa conferência de imprensa na residência oficial de São Bento, António Costa foi questionado se, apesar de ter destacado que houve uma relação positiva com Marcelo Rebelo de Sousa, também reconhece que houve momentos de tensão.

Na resposta, o primeiro-ministro voltou a referir que é difícil encontrar-se "no passado oito anos de uma relação tão cooperante e, como disse o senhor Presidente da República, até de solidariedade nacional entre o Governo e o Presidente da República" na história constitucional portuguesa.

"Não me recordo de oito anos em que a relação tivesse sido tão fluída. Agora, é normal que um Presidente da República que veio do hemisfério da direita e um primeiro-ministro que é do hemisfério da esquerda não concordem a 100%. O ponto de vista da ação governativa é necessariamente diferente do ponto de vista de quem exerce a função presidencial", disse.

No entanto, o chefe do executivo sublinhou que "o mais relevante não foram os momentos de desacordo, mas foram os momentos em que, apesar do desacordo", o Governo e o Presidente trabalharam "bem, em conjunto, para bem de Portugal e dos portugueses", afirmando que acha que os cidadãos apreciaram "de forma bastante positiva" essa relação.

"O que desejo ao senhor Presidente da República é que possa concluir o seu mandato de uma forma que dê continuidade a este espírito de cooperação e de solidariedade ou, se possível, melhor ainda, porque eu acho que todos devemos desejar sempre o melhor para o nosso futuro coletivo", afirmou.

Questionado se também espera encontrar-se com o Presidente da República noutras encruzilhadas ao serviço de Portugal, como Marcelo Rebelo de Sousa disse esta segunda-feira, António Costa recordou a sua natureza otimista.

"Eu interpretei essas palavras do senhor Presidente da República, que nos havíamos de cruzar, como uma forma simpática de me convidar para almoçar ou jantar um dia destes, e portanto terei muito gosto em, quando o senhor Presidente da República, formalizar esse convite, de aceitar esse convite. Foi a leitura otimista que fiz", afirmou.

Costa recusou comentar o seu futuro político, reiterando apenas que considera que, do "ponto de vista ético e institucional", quem está numa situação de suspeição pública, não pode manter-se no exercício das funções de primeiro-ministro, tal como tinha dito aquando da sua demissão.

Questionado se se arrepende de não ter feito uma reforma da Justiça com o PSD, quando o partido era liderado por Rui Rio, o primeiro-ministro salientou que as propostas do então líder social-democrata se "centravam essencialmente" na alteração da composição do Conselho Superior do Ministério Público, o que considerou "um risco para a autonomia do Ministério Público".

"Em matéria de convicções, é difícil fazerem-me alterar convicções que têm a ver com a natureza e convicções do regime. E admitindo que eu pudesse ter razões de queixa, eu mesmo assim nunca deixaria de achar que é uma mais-valia para o nosso sistema democrático termos um sistema de justiça acima de qualquer suspeita de influência política", afirmou.

Nestas declarações aos jornalistas, António Costa recusou também comentar a situação que envolve a eleição do presidente da Assembleia da República, salientando que não é comentador político.

[Notícia atualizada às 14h19]

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