Casal infértil terá pagado 5 mil euros por bebé a mulher espanhola

Suspeitos, naturais de Gondomar, já tinham antecedentes criminais. Mãe biológica também já foi identificada. Autoridades esperam agora os resultados de ADN para confirmar as suspeitas.

Polícia Judiciária de Braga

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Notícias ao Minuto
21/03/2024 12:20 ‧ 21/03/2024 por Notícias ao Minuto

País

Tráfico de crianças

O casal, de 45 e 42 anos, detido pela Polícia Judiciária (PJ), na terça-feira, em Gondomar, distrito do Porto, por suspeitas de tráfico internacional de crianças, será infértil e terá pagado pela bebé cerca de 5 mil euros a uma família espanhola com problemas económicos.

Num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto na quarta-feira, a PJ revelou que os suspeitos foram detidos não só pela prática dos crimes de tráfico de pessoas para adoção como por falsas declarações e falsificação ou contrafação de documentos. E a bebé entregue a uma casa de acolhimento.

Já esta quinta-feira o Jornal de Notícias (JN) revela que o casal de Rio Tinto comprou a menina há cerca de um ano a uma mulher espanhola, que mora na Estremadura, "para concretizar o desejo de ter filhos", uma vez que os tratamentos de fertilidade, no Serviço Nacional de Saúde (SNS), "não surtiram efeito". A menina tinha apenas quatro meses.

Posteriormente, o casal, sem ocupação profissional e com antecedentes criminais (ele por furto e roubo e ela por venda de material contrafeito), regressou a Portugal com a bebé e tentou não só vaciná-la como a integrá-la no seu agregado familiar, por várias vezes, como revelou a PJ na nota enviada ontem, alegando que esta tinha nascido de uma relação extraconjugal do homem com uma mulher espanhola e que seria adotada pela família de Gondomar.

Contudo, por não terem documentos de identificação, nunca conseguiram fazê-lo até que, convenceram um médico, que trabalha no Grande Porto, a emitir uma declaração e levaram dois familiares a uma conservatória, onde alegaram que a bebé tinha nascido em casa e a esta foi registada como filha de ambos.

O caso só foi descoberto depois do casal ter regressado à USF de Brás-Oleiro, dois meses depois da primeira visita, para tentar vacinar e menina e integrá-la no seu agregado família. Os profissionais de saúde desconfiaram imediatamente que algo de suspeito se passava e denunciaram o caso às autoridades.

Os testes de ADN confirmaram que nem a mulher, nem o homem eram pais biológicos da menina e que a documentação apresentada na conservatória era falsa.

De acordo com o JN, a mãe biológica da menina já terá sido também identificada, mas só testes de ADN confirmarão as suspeitas da PJ.

Revela o mesmo jornal que a menina sempre foi bem tratada pelo casal e eram "evidentes" os laços entre a família e o casal. Apesar disso, a bebé foi institucionalizada e permanecerá num centro de acolhimento até o tribunal de família decidir o seu futuro, que poderá passar por ser devolvida à mãe biológica ou ser entregue a uma nova família.

Leia Também: Casal de Gondomar detido por tráfico internacional de crianças

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