A empreitada de 702 mil euros "já está a decorrer e tem previsão para terminar em agosto", referiu André Rijo à agência Lusa.
Até ao final do ano, o município do distrito de Lisboa deverá lançar a concurso e executar em 2025 a construção dos passeios, da drenagem pluvial e dos semáforos de controlo de velocidade ao longo da Estrada Nacional 115-4, a chamada 'Estrada das Corredouras'.
A empreitada agora iniciada visa construir uma rotunda no nó de ligação das estradas nacionais (EN) 248 e 115-4 e a variante à 'Estrada da Costa'.
As obras "vão melhorar o acesso do trânsito à variante de forma mais fácil e direta e melhorar a segurança rodoviária e a circulação de pesados na estrada onde a sua circulação era muito apertada e os obrigava a saírem de mão", explicou o autarca.
André Rijo adiantou que a construção da variante rodoviária a Arruda dos Vinhos, um investimento de seis milhões de euros que obteve financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência, deverá ficar concluída este mês, depois de ter sido iniciada em junho de 2022.
Aquando do lançamento do concurso para a variante, a empresa Infraestruturas de Portugal (IP) justificou a necessidade da sua construção com o facto de que a EN 248 "atravessa uma zona marcadamente urbana residencial que convive com uma forte estrutura comercial e industrial".
A futura variante a Arruda dos Vinhos tem uma extensão de cerca de 2,3 quilómetros, integrando ao longo do traçado "quatro novas rotundas, facilitadoras das acessibilidades e distribuição de tráfego à rede viária local".
O projeto contempla ainda a construção de uma nova ponte sobre o Rio Grande da Pipa, com uma extensão de 300 metros.
A obra é promovida no âmbito do plano de beneficiação das acessibilidades rodoviárias às zonas empresariais, para a melhoria da capacidade das empresas ao nível da entrada e da saída de mercadorias.
Além da EN 248, a nova via vai ser alternativa à EN115-4 e à Variante Industrial das Corredouras, onde, segundo a IP, se regista também "um elevado volume de circulação automóvel, nomeadamente com intenso tráfego pesado de mercadorias".
A concretização do projeto tem como principais objetivos o aumento da segurança rodoviária em Arruda dos Vinhos e o reforço da mobilidade, com a melhoria das acessibilidades à rede rodoviária (autoestradas) e ferroviária (Linha do Norte).
A nova variante vai resultar ainda, segundo a IP, em benefícios ao nível ambiental e de qualidade de vida dos residentes, "através da diminuição da exposição da população à poluição automóvel e a níveis incomodativos de ruído".
Em 2019, a Câmara de Arruda dos Vinhos, no distrito de Lisboa, deu interesse público municipal à construção da variante para diminuir o tráfego rodoviário na vila, onde, por dia, circulavam à data cerca de cinco mil veículos nas principais vias.
A autarquia veio a estabelecer uma parceria com a IP, segundo a qual o município suportaria os encargos do projeto de execução e das expropriações (400 mil euros) e a IP financiaria a construção e lançaria o concurso público.
A Assembleia Municipal aprovou suspender, de forma parcial, o Plano Diretor Municipal para a construção da via e implementação de medidas preventivas durante dois anos, para "tornar urgentes os processos necessários à execução da obra".
A construção da variante está prevista no Programa Nacional de Investimentos 2030.
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