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Morte em Carcavelos é notícia lá fora. O que se sabe sobre o caso?

Bruno Ribeiro, de nacionalidade brasileira, tinha 22 anos e morreu na sequência de um desentendimento junto a uma 'roulotte' em Carcavelos. O suspeito está em prisão preventiva e indiciado por homicídio. Ao mesmo tempo, a família pede justiça.

Morte em Carcavelos é notícia lá fora. O que se sabe sobre o caso?
Notícias ao Minuto

08:18 - 06/03/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

País Carcavelos

Nos últimos dias, a morte de um jovem brasileiro em Portugal acabou por se repercutir na imprensa brasileira, nomeadamente numa altura em que a família luta para se conseguir despedir de Bruno Ribeiro, que tinha 22 anos. Mas o que aconteceu e em que ponto está o caso? 

O óbito, recorde-se, aconteceu no domingo, na sequência de agressões físicas junto à praia de Carcavelos, no concelho de Cascais, na sequência de um desentendimento com o dono de uma 'roulotte' de comida.

Ao site G1, a namorada da vítima,  Gabriela Escalante, explicou que estava com Bruno e um amigo a comer quando, a determinado momento, se afastou da mesa. Foi nessa altura que o suspeito, que identificou como cozinheiro, se aproximou e terá começado uma discussão com os dois rapazes.

A mulher referiu que o amigo do casal tentou interceder, mas a discussão intensificou-se e o cozinheiro acabou por agredir Bruno com um pau. A vítima sofreu dois golpes na cabeça, tendo caído no chão, relatou.

“Caiu no chão e o nosso amigo tentou ajudar, mas o cozinheiro ainda bateu com o pau no braço dele”, relatou Gabriela. Questionada sobre o motivo que esteve na origem da discussão, a mulher não soube responder, uma vez que não estava perto do namorado nesse momento.

Bruno, que vivia em Portugal com o pai há cinco anos, morreu no local. "O Bruno era uma pessoa muito boa, brincalhão e não arranjava confusão com ninguém. Toda a gente gostava dele", afirmou o tio da vítima, Roberto Ribeiro.

Suspeito indiciado por homicídio. O que dizem as autoridades?

Na terça-feira,  a Procuradoria-Geral Regional de Lisboa revelou que o homem, que agrediu no domingo um cliente de uma 'roulotte' junto à praia da Carcavelos, está indiciado por um crime de homicídio e ficou em prisão preventiva. 

Em comunicado, a Procuradoria revela que os fortes indícios recolhidos" apontam que, no domingo, cerca das 04h20, no parque 1 de terra batida da Praia de Carcavelos, na Avenida Marginal, em Carcavelos, "desencadeou-se um conflito entre o arguido, que explora um estabelecimento comercial aí situado e onde reside, e o ofendido, cliente" da 'roulotte'.

"Na sequência desse desentendimento, o arguido perseguiu o ofendido munido de um pau/bastão de madeira e, quando o alcançou, deferiu-lhe pancadas em diversas partes do corpo, designadamente na cabeça", lê-se.

Em consequência das agressões, a vítima morreu "ainda no local, tendo o óbito sido declarado pelas 05h35", é referido na nota.

Fonte da PSP disse à Lusa, no domingo, que o jovem de 22 anos morreu de madrugada na sequência do desentendimento com o suspeito, funcionário da 'roulotte', com pouco mais de 30 anos e que foi detido na altura.

O alerta para a altercação, na Avenida Jorge V, foi dado antes das 05h00, e a fonte policial explicou que o agressor saiu de dentro do balcão e agrediu a vítima. O cliente, acrescentou, caiu ao chão e entrou em paragem cardiorrespiratória, "não se sabe se devido à queda, à agressão ou a algum problema de saúde que pudesse já ter". Uma equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) ainda tentou manobras de reanimação, mas acabou por declarar a morte do jovem no local, no distrito de Lisboa.

A Polícia Judiciária ficou encarregada da recolha da prova.

Mãe vê passaporte urgente negado

A mãe de Bruno também falou à imprensa brasileira e contou que viu o seu pedido de passaporte urgente ser negado. Elisete não via o filho há cinco anos e pode assim perder a possibilidade de fazer as despedidas fúnebres. 

"Esse rapaz tirou tudo o que eu tenho, tirou o meu filho, era tudo que eu tinha na vida. Porque fizeram isso com ele? Está doendo tanto", afirmou ao G1. 

"A gente não tem apoio nenhum, nem do consulado, nem de nada. Eu não consegui tirar o meu passaporte de emergência, foi negado. Eu não tirei meu passaporte antes porque ele me disse que viria em dezembro. Não deu tempo", rematou a mulher, que pede justiça. 

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