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Madeira. Papa Francisco demite padre Frederico "do estado clerical"

Papa decretou "a demissão do estado clerical do Senhor Frederico Marcos da Cunha" e dispensou-o "dispensado das obrigações do celibato."

Madeira. Papa Francisco demite padre Frederico "do estado clerical"
Notícias ao Minuto

16:01 - 29/02/24 por Notícias ao Minuto

País Papa Francisco

O Papa Francisco decretou "a demissão do estado clerical" do padre Frederico. A decisão foi tornada pública, esta quinta-feira, através de um comunicado publicado na página oficial da Diocese do Funchal, na Madeira. 

A nota adianta que, "em Abril de 2023, a Diocese do Funchal pediu ao Prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé instruções sobre o modo de proceder no caso do então Padre Frederico Cunha". "Com efeito, apesar de há muitos anos o seu nome não constar do elenco dos sacerdotes da Diocese nem exercer nela qualquer ministério, de facto nunca tinha existido qualquer processo canónico a propósito dos atos de que era acusado", acrescenta-se. 

A pedido do Dicastério romano, "em setembro de 2023 foram enviadas algumas aclarações sobre o referido caso" e, no "passado dia 16 de fevereiro, chegou à Diocese do Funchal a informação de que, levado o caso ao conhecimento do Santo Padre, o Papa Francisco tinha decretado a demissão do estado clerical do Senhor Frederico Marcos da Cunha, e o tinha dispensado das obrigações do celibato."

Em conclusão, "uma vez que o paradeiro do Senhor Frederico Cunha é desconhecido, o Dicastério para a Doutrina da Fé mandou que se tornasse pública a decisão do Santo Padre no Site Oficial da Diocese, o que agora se realiza". 

De recordar que Frederico da Cunha era um padre que integrava a Diocese do Funchal, na Madeira. Mas o seu nome saltou para a ribalta: em 1998, acabou condenado por assassinato e crimes de natureza sexual.

A vítima era Luís Miguel, um jovem de 15 anos que morreu após uma queda na falésia. O tribunal deu como provado que o crime foi do padre Frederico.

Condenado num processo que durou três meses, o padre conseguiu fugir para o seu país de origem, o Brasil, após ter aproveitado uma saída precária na cadeia de Vale de Judeus. 

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