Após campanha polémica, Zara do Porto é pintada em ação de protesto
Fachada da loja surgiu pintada de vermelho, esta manhã de quarta-feira.
© Coletivo pela Libertação da Palestina
País Zara
Ativistas pró-Palestina e solidárias com o Coletivo pela Libertação da Palestina pintaram, esta manhã, a loja da Zara, no Porto.
A loja na rua de Santa Catarina surgiu pintada de vermelho e com mensagens de repúdio face à nova campanha publicitaria da marca.
Na campanha, destinada a promover um novo casaco da marca, Kristen McMenamy surge rodeada de entulho, manequins e estátuas cobertas de plástico. A norte-americana carrega ao ombro um manequim envolto num pano branco, lembrando as vítimas dos ataques de Israel a Gaza. Os internautas não tardaram a apontar as parecenças entre a imagem e os cadáveres em sacos brancos, que lembram os trajes funerários muçulmanos tradicionais.
A marca emitiu, terça-feira, um comunicado, onde afirma que se tratou de um mal entendido. A sua explicação, contudo, não convenceu.
"As ativistas deixaram claro, nas paredes da Zara, que esta campanha não é um mal-entendido e, muito menos, um acidente isolado, ao contrário do que a empresa anunciou. É, sim, o resultado de anos de declarações sionistas e ações que atentam contra a justiça e autodeterminação do povo palestiniano por parte de oficiais da Zara e da Inditex (grupo empresarial a que pertence)", afirma o Coletivo pela Libertação da Palestina , em comunicado.
"Exigimos que a Zara e o grupo Inditex cancelem todas as relações comerciais com o estado sionista ou empresas israelitas. Exigimos boicote, desinvestimento e sanções a todas as organizações cúmplices com a ocupação. Exigimos o fim da ocupação da Palestina e a autodeterminação do seu povo. Não assistiremos paradas ao genocídio", acrescenta o grupo, lembrando o "apoio eleitoral oferecido por líderes desta holding a Itamar Ben-Gvir, ministro da Segurança Nacional israelita e figura central da extrema-direita sionista que se assume como racista, xenófobo, antipalestiniano e homofóbico".
Recorde-se que após a polémica, ao final da manhã desta segunda-feira, as fotografias da campanha já não eram visíveis na loja online ou na aplicação da Zara e foram também apagadas das redes sociais.
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