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Rua da Prata? Moedas reclama elogio, mas só recebe "meio" por "meia rua"

O presidente da Câmara de Lisboa reclamou hoje um elogio da Esquerda sobre a reabertura da Rua da Prata, ao que o presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior atribuiu "meio elogio, porque só arranjou meia rua".

Rua da Prata? Moedas reclama elogio, mas só recebe "meio" por "meia rua"
Notícias ao Minuto

22:49 - 05/12/23 por Lusa

País Lisboa

"Não pode pedonalizar uma rua sacrificando outra, e o que está a acontecer na Rua da Madalena é inaceitável, mais de 6.000 carros por dia. Ou faz uma ZER [Zona de Emissões Reduzidas] ou não faz uma ZER", afirmou o presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, Miguel Coelho (PS), responsável pela gestão do território onde se localiza a Rua da Prata.

Na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa, para apresentar e responder sobre o trabalho do executivo camarário entre setembro e outubro, o presidente da câmara, Carlos Moedas (PSD), destacou a intervenção na Rua da Prata, que esteve em obras desde dezembro de 2022 e reabriu no passado dia 24 de novembro, sem circulação automóvel e com canal ciclopedonal, esperando "ouvir um elogio" dos partidos da Esquerda.

"Nunca oiço um pequeno elogio. Não peço um grande elogio. [...] Falavam tanto na ZER", expôs o autarca do PSD.

Defendendo os interesses dos residentes da freguesia de Santa Maria Maior, o socialista Miguel Coelho afirmou: "Só lhe posso dar meio elogio, porque só arranjou meia rua e o resto da rua ainda é o caleiro antigo".

Do partido Livre, Isabel Mendes Lopes saudou o executivo pela abertura da Rua da Prata às pessoas, mas alertou para a necessidade de criar zona verdes e de haver uma abordagem conjunta para não impactar nas restantes artérias como a Rua da Madalena.

Carlos Moedas concordou com a criação de zonas verdes dentro da rua e defendeu uma visão de conjunto para reduzir o tráfego na Baixa, com a instalação de câmaras de videovigilância para controlar a entrada de carros nessa zona da cidade, considerando que "não faz sentido criar barreiras físicas".

O autarca do PSD comprometeu-se ainda a avaliar a alteração dos sentidos de trânsito nas laterais da Avenida da Liberdade, acreditando que essa decisão reduz a poluição, mas é preciso dados que o comprovem, existindo disponibilidade para tomar medidas consoante os resultados.

António Morgado Valente, do PAN, questionou sobre a solução para o encerramento do centro de acolhimento a pessoas em situação de sem-abrigo no quartel de Santa Bárbara, ao que o presidente da câmara defendeu a implementação de um projeto de inovação social na ala norte da Manutenção Militar, no Beato, num imóvel que o Governo já tinha estipulado transferir para a câmara, mas que recuou neste mandato municipal sob a liderança de PSD/CDS-PP.

"É um bocadinho estranho e lamentável. A câmara municipal vai continuar a lutar para ter essa ala norte", frisou Carlos Moedas.

A vereadora dos Direitos Humanos e Sociais, Sofia Athayde (CDS-PP), adiantou que o plano municipal para a pessoa em situação de sem-abrigo 2024-2030 será apresentado em 13 de dezembro e prevê 81 medidas, inclusive intervenção em contexto de rua, distribuição alimentar, alojamento com resposta específica para idosos e para doença mental e resposta habitacional de pernoita diária de caráter imediata, com um orçamento de 70 milhões de euros.

O deputado Miguel Graça, do Cidadãos Por Lisboa (eleito pela coligação PS/Livre), criticou "o uso de truques de ilusionismo" no número de casas entregues pela liderança PSD/CDS-PP e Vasco Barata, do BE, acusou Carlos Moedas de propaganda sobre as 1.400 casas já entregues, lamentando a decisão do atual executivo de "parar todos os projetos de construção pública" e de optar por "uma solução que seja vantajosa para os investidores imobiliários".

"Quais foram os projetos que paramos? Quais os privados especuladores que eu favoreci? [...] Ofende-me profundamente quando diz que eu favoreci alguém", expôs Carlos Moedas.

Leia Também: Moedas quer propor em Lisboa a isenção do IMT aprovada em Setúbal

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