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Costa faz travessia do Tejo entre "margem certa e a margem direita"

O primeiro-ministro realçou hoje a importância da travessia fluvial do Tejo, na viagem inaugural do primeiro de dez navios elétricos que operam no rio, para "que não haja distância entre a margem certa, que é a esquerda, e a margem direita".

Costa faz travessia do Tejo entre "margem certa e a margem direita"
Notícias ao Minuto

13:30 - 28/11/23 por Lusa

País António Costa

"Vivemos numa área metropolitana que é uma grande cidade de duas margens e o que se quer entre as duas margens é que se possam aproximar e que não haja uma distância entre a margem certa, que é a esquerda, e a margem direita", disse António Costa em tom bem-disposto.

Na sua intervenção durante a cerimónia que decorreu a bordo do "Cegonha Branca", o chefe do Governo defendeu que a aposta no transporte público com menos emissão de gases com efeito de estufa exige um conjunto de investimentos cruciais para melhorar a qualidade dos transportes públicos a esse nível.

Nesse contexto, destacou o lítio, referindo que Portugal tem este minério que é crucial para a eletrificação, desde as baterias dos telemóveis aos carros do futuro e do barco que hoje fez a viagem no rio Tejo e que estará ao serviço da travessia entre o Seixal e Lisboa a partir de fevereiro quando chegarem outros dois navios.

"Este barco não andaria se não houvesse mineração de lítio. Esta é uma oportunidade extraordinária para o país, um país que durante muitas décadas se queixou de não ter reservas naturais. Pois desta vez temos uma das maiores reservas europeia de lítio e este é um grande recurso natural que vai valorizar a economia do país no futuro", disse.

Nas anteriores grandes revoluções energéticas, explicou ,Portugal ficou de fora porque não tinha recursos naturais. Quando foi a revolução industrial não existia carvão, quando a dominante eram os carbonos não havia nem gás nem petróleo.

Contudo, na nova transição, adiantou, Portugal tem não só o solo, o vento, o poder hidráulico como também o lítio.

O serviço que a Transtejo e a Soflusa prestam, segundo o primeiro-ministro, "é da maior importância e a descarbonização do serviço é mais uma contribuição para diminuir a emissão dos gases com efeito de estufa".

"São navios mais cómodos, vão transportar mais pessoas, um ganho efetivo na capacidade de transporte com menor custo para a operação e menor custo ambiental", disse.

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, disse que com a inauguração do navio Cegonha Branca "cumpre-se um passo fundamental para a renovação da frota da Transtejo", considerando que é uma operação que abre caminho a ganhos ambientais, mas também vantagens operacionais e sociais.

O "Cegonha Branca" é dos dez navios elétricos que, segundo o ministro, estarão a operar no Tejo até 2025.

Este navio, prosseguiu o ministro, foi entregue em março, e há a expectativa de mais sete serem entregues em 2024, dos quais dois em fevereiro, permitindo assegurar a ligação fluvial entre o Seixal e o Cais do Sodré (Lisboa).

O ministro disse ainda que estão em curso as obras de instalação dos postos de carregamento dos navios, estando concluídas em dezembro no Seixal, seguindo-se Montijo em fevereiro, Cais do Sodré em maio e Cacilhas em junho.

"É um projeto que vai elevar a operação de transporte fluvial de passageiros a um serviço público de referência internacional. Fiável, seguro, confortável, sustentável, contribuindo de forma decisiva para descarbonização da mobilidade da Área Metropolitana de Lisboa", disse, adiantando que as estimativas da empresa admitem que a nova frota permite evitar o consumo de mais de cinco milhões de litros de gasóleo o que corresponde a uma poupança de emissão de gases com efeito de estufa superior a 13 mil toneladas de CO2.

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