Crise "não vai prejudicar". Economia é a mesma que era "há 10 dias"

O governante deu conta de que a crise política não foi uma "matéria que estivesse em cima da mesa" na reunião com os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), ainda que tenha havido "manifestações de solidariedade e de surpresa por parte de muitos colegas".

João Gomes Cravinho, MNE,

© Thierry Monasse/Getty Images

Notícias ao Minuto
13/11/2023 15:45 ‧ 13/11/2023 por Notícias ao Minuto

País

Crise política

O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, disse, esta segunda-feira, acreditar que a crise política em que Portugal se encontra mergulhado "não vai prejudicar o nosso país", uma vez que a situação económica é a mesma que era "há 10 dias".

"Creio que quem toma decisões em relação ao investimento fá-lo numa lógica de médio prazo, longo prazo, com referência a numerosos critérios. Portanto, as circunstâncias políticas que são conjunturais não são entendidas como fator preponderante em decisões de investimento. Creio que investidores sabem que a situação económica em Portugal, os números, são os mesmos que eram há 10 dias e isso não vai prejudicar o nosso país", disse, a partir de Bruxelas, em declarações à imprensa.

O governante deu ainda conta de que a crise política não foi uma "matéria que estivesse em cima da mesa" na reunião com os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), ainda que tenha havido "manifestações de solidariedade e de surpresa por parte de muitos colegas".

"Cada país tem as suas situações e por hábito não colocamos essas questões. Obviamente que houve manifestações de solidariedade e de surpresa por parte de muitos colegas, mas não passou disso", ressalvou.

Questionado se se manterá no Governo até ao dia 10 de março, data marcada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para a realização de eleições antecipadas, o responsável foi taxativo: "Sim, naturalmente."

No que diz respeito ao conflito no Médio Oriente, Gomes Cravinho ressalvou que não estão previstas missões de resgate, sendo que os "portugueses e famílias que estão atualmente em Gaza sairão da mesma maneira que os outros estrangeiros têm saído ao longo destas últimas semanas", nomeadamente a partir do Egito. O governante especificou que se tratam de seis portugueses e de 10 familiares próximos, além de um "conjunto mais alargado de palestinianos com ligações a Portugal".

Face aos acontecimentos da passada terça-feira, na qual o primeiro-ministro, António Costa, apresentou a sua demissão, que foi aceite, depois de o Ministério Público ter revelado que é alvo de uma investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio, Marcelo Rebelo de Sousa optou por dissolver a Assembleia da República e convocar novas eleições.

Naquela manhã, as buscas da Polícia de Segurança Pública (PSP) e do Ministério Público culminaram com a detenção de cinco pessoas, incluindo o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária. Já o ministro das Infraestruturas, João Galamba, foi constituído arguido.

Por seu turno, António Costa recusou a prática "de qualquer ato ilícito ou censurável" e manifestou total disponibilidade para colaborar com a justiça "em tudo o que entenda necessário", numa declaração a partir do Palácio de São Bento.

Leia Também: AO MINUTO: BCE aguarda avaliação sobre Centeno; "PS precisa de renovação"

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