O anúncio do governante foi feito esta tarde durante uma cerimónia que serviu para oficializar a entrada em funcionamento da 2.ª fase do sistema de videovigilância do município da Amadora, que passa a contar desde hoje com 141 câmaras.
"Estamos em condições de arrancar para a terceira fase da videoproteção. Até ao final do ano, é isso que nós temos previsto. Com o apoio da Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública, do Comando Metropolitano e também do senhor comandante municipal, tratarmos de dar autorização para que se possa avançar", afirmou José Luís Carneiro.
No final da cerimónia, em declarações aos jornalistas, a presidente da Câmara Municipal da Amadora, Carla Tavares (PS), perspetivou que, "no melhor dos cenários, a terceira fase poderá estar concluída "dentro de dois anos e meio, três".
"Neste momento, estão a ser vistas e estão a ser ultimadas quais serão as localizações. Já sabemos que serão 59 câmaras. Sempre dissemos que era um investimento absolutamente relevante para a cidade", sublinhou a autarca.
Carla Tavares destacou também os dados divulgados pela PSP relativamente à diminuição no concelho do número de crimes violentos em 60%.
"Quem está no espaço público por bem não deve temer. As pessoas sentem-se, naturalmente, mais tranquilas, mais seguras. A cidade acolheu de braços abertos esta ferramenta de trabalho da PSP. Acho que isso é muito bom. As pessoas querem é usufruir, andar aqui à noite com tranquilidade", apontou.
Os crimes violentos e graves no concelho da Amadora, distrito de Lisboa, tiveram uma redução de 60% nos últimos seis anos, devido ao sistema de videovigilância, segundo um balanço divulgado hoje pela PSP.
Em agosto de 2022, a Câmara Municipal da Amadora anunciou a renovação por mais três anos do sistema de videovigilância urbano no concelho, dois anos depois de ter sido foi autorizado a alargá-lo e a instalar mais 38 câmaras.
As câmaras funcionam 24 horas por dia, sem captação de som, e a gestão compete à PSP.
A câmara apresentou o primeiro projeto de videovigilância em 2008, em colaboração com o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, para 113 câmaras, mas o pedido foi recusado após parecer negativo da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD).
O projeto foi reformulado, em resposta às observações da CNPD, e teve de ser posteriormente adaptado à nova legislação em 2012, altura em que o parecer da comissão deixou de ser vinculativo.
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