Depois dos recentes episódios no Canadá em que Presidente da República foi muito criticado por fazer comentários sobre o decote de uma adolescente e sobre o peso de uma mulher, Marcelo Rebelo de Sousa procurou defender-se mais uma vez das críticas, indignando-se com quem questiona a sua saúde mental.
"Qual é o racional de se dizer que estou fraco politicamente e que estou maluco? (...) Gostaria de perceber o racional e de explicar a forma como vejo isto. Poderia haver um racional, que se aproxima o fim do mandato, que o Presidente está a perder peso político e tenta compensar através do seu narcisismo ou do seu egocentrismo patológico… Talvez a idade, talvez o conflito institucional, isto e aquilo. Mas não. Não há uma sondagem que confirme que estou a perder peso político", comentou ao tabloide semanal Tal&Qual, em reação à manchete feita na edição passada e que punha em causa o estado mental do chefe de Estado.
Marcelo voltou, mais uma vez, a desvalorizar o comentário sobre o decote de uma jovem portuguesa na sua visita ao Canadá, considerando que sempre foi "original e irreverente" e respondendo: "É um comentário tipicamente meu".
De recordar que, durante uma visita à comunidade portuguesa no Canadá em setembro, Marcelo Rebelo de Sousa foi amplamente criticado em Portugal e pela imprensa estrangeira, que o acusou de ser "sexista" e "machista" por ter dito à mãe de uma adolescente para esta ter cuidado com o seu decote porque a filha "ainda apanha uma gripe".
Antes, no dia 10 de setembro, quando ia, juntamente com o primeiro-ministro, tirar uma fotografia com um grupo de mulheres, ofereceu uma cadeira a uma senhora e perguntou se "a cadeira aguenta".
O Presidente, de 74 anos, reiterou que se encontra bem em termos psicológicos e terá dito que está "igual", prometendo que avisará "quando tiver o primeiro sinal avalizado por especialistas" e se estiver "chalupa". "Não estou maluco", vincou.
Leia Também: "Machista". Comentário polémico de Marcelo é notícia lá fora