Em declarações à agência Lusa, a candidata do RIR Joana Mendes realçou que, "atendendo a que todos os utentes merecem um fim de vida com dignidade e ao aumento dos casos de situação de doença em fase terminal, este concurso tem de andar para a frente e não pode ficar para sempre guardado na gaveta à espera de outro Governo".
"Tem de ser lançado dentro daquilo que foi prometido. Foi este Governo [Regional] que prometeu. Se prometeu, vai ter de cumprir", reforçou a número três da lista do RIR, encabeçada por Roberto Vieira.
Para o partido, os cuidados paliativos têm de ser um tratamento de qualidade e que dê "dignidade no fim de vida à pessoa com doença em fase terminal".
"O partido RIR defende que estes cuidados paliativos deveriam ser distribuídos tanto pelos lares, como pelo próprio Hospital João de Almada, como até mesmo com os cuidados paliativos no domicílio. As pessoas merecem morrer com dignidade, morrer onde querem, onde pretendem, mesmo que seja perto da família", acrescentou Joana Mendes.
A candidata salientou ainda que, tal como os cuidados de saúde têm de ser prestados com dignidade, "também os profissionais de saúde têm de ser tratados como tal", lembrando as compensações prometidas aos enfermeiros e auxiliares referentes a 2021, devido à covid-19, que ainda não foram pagas.
"Infelizmente, as palmas ainda não chegaram às contas dos profissionais de saúde. Infelizmente, as palmas não são suficientes para que o profissional de saúde seja tratado com qualidade", lamentou.
O partido pretende ainda saber o porquê de este subsídio ser "só para alguns", deixando de fora "os que estiveram na vacinação horas a fio" e que "se deslocaram a locais públicos" para fazer a vacinação.
O RIR apresentou-se pela primeira vez ao eleitorado madeirense nas regionais de 2019, também com Roberto Vieira como cabeça de lista, tendo obtido 1.749 votos (1,25%).
Roberto Vieira, que é professor do primeiro ciclo, foi durante anos o rosto do Partido da Terra (MPT) no arquipélago, chegando a exercer funções como deputado regional desta força política.
Às legislativas da Madeira de domingo concorrem 13 candidaturas, que vão disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.
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