"Nós estamos a fazer de tudo para conseguirmos ter pelo menos um deputado a representar as nossas causas e o nosso foco e o nosso trabalho vai continuar a ser nesse sentido", disse, realçando que o partido mantém "muita confiança" no trabalho que tem feito até aqui.
Mónica Freitas falava no âmbito da campanha da candidatura do PAN às eleições regionais de domingo, nas zonas altas da freguesia de Santa Maria Maior, no Funchal, onde os candidatos distribuíram panfletos porta a porta.
"O objetivo principal do PAN é exatamente voltar a ter representatividade no parlamento regional", disse, vincando que o balanço da campanha, que termina na sexta-feira, "é positivo", tendo os candidatos percorrido vários concelhos da região autónoma.
Esta é a 4.ª vez que o PAN concorre a eleições legislativas regionais na Madeira. Na primeira vez a que se submeteu a votos, em 2011, alcançou um mandato, mas nas seguintes falhou a conquista de representação no parlamento regional.
A cabeça de lista, que é assistente social de profissão e se estreia nas lides políticas e eleitorais nestas regionais, considerou, por outro lado, que a presença da porta-voz nacional do partido, Inês de Sousa Real, nos dois primeiros dias de campanha foi "essencial".
"Nós temos tido muito apoio por parte da estrutura nacional", reforçou.
Na sequência dos contactos estabelecidos com a população, Mónica Freitas destaca como principais preocupações as questões da habitação, sobretudo devido ao elevado preço das casas e das rendas, a falta de incentivos à fixação de jovens na região, as lacunas ao nível da oferta formativa, o desemprego e o emprego precário e a falta de investimento nos transportes públicos que operam nas zonas rurais.
"Como nós somos um partido também ambientalista e animalista, chegam-nos imensas preocupações relativamente a estas duas causas, nomeadamente a falta de recolha de lixo, acumulação de maus cheiros, a questão da saúde pública ficar muitas vezes em jogo e também os maus tratos a animais, o abandono animal", explicou.
As legislativas da Madeira decorrem em 24 de setembro, com 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.
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