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FNAM diz que médicos cubanos não vão resolver "falta" de especialistas

A presidente da Federação Nacional dos Médicos disse hoje, no Porto, que a possível contratação de 300 médicos cubanos para colmatar a "falta gigante" de especialistas que existe no Serviço Nacional de Saúde em Portugal não vai ser suficiente.

FNAM diz que médicos cubanos não vão resolver "falta" de especialistas
Notícias ao Minuto

10:36 - 05/07/23 por Lusa

País Joana Bordalo e Sá

"A Federação Nacional dos Médicos entende que o trabalho tem de ser dignificado para todos os médicos que tenham licença para praticarem em Portugal, independentemente da nacionalidade. E também 300 médicos na falta gigante que existe no Serviço Nacional de Saúde seguramente não chega", disse à agência Lusa a presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fanm), Joana Bordalo e Sá.

O Jornal de Notícias escreve hoje que o Governo português está a preparar a contratação de 300 médicos cubanos para o SNS, tendo já pedido parecer sobre o processo de reconhecimento de qualificações ao Conselho de Escolas Médicas Portuguesas (CEMP) e à Ordem dos Médicos.

Questionada pela Lusa sobre quantos médicos seriam necessários para que o SNS ficasse mais confortável para trabalhar sem falta de especialistas, a dirigente da Fnam citou números do Governo para dizer que "há 21 mil especialistas no Serviço Nacional de Saúde e cerca de 10 mil internos", destacando que é necessário aumentar o número atual de especialistas.

"O Ministério da Saúde tem essa contabilidade. Nós sabemos que somos 21 mil especialistas no Serviço Nacional de Saúde e cerca de 10 mil internos. Seguramente que o número é muito mais além em termos de especialistas do que é que é necessário e esperemos que haja o bom senso por parte do Ministério da Saúde para aumentar este número."

Joana Bordalo e Sá falava à margem da concentração de médicos, no Hospital São João, no Porto, a propósito da greve que decorre hoje e quinta-feira.

De acordo com a presidente da Fnam a greve dos médicos está a ter uma adesão elevada.

Os médicos exigem "salários dignos, horários justos e condições de trabalho capazes de garantir um SNS à altura das necessidades" da população.

Apesar de as duas últimas reuniões negociais com o Ministério da Saúde estarem agendadas para os dias 07 e 11 de julho, a Fnam decidiu manter a paralisação, face "ao adiar constante das soluções" e "à proposta insatisfatória" que recebeu da tutela, não excluindo uma nova greve nacional na primeira semana de agosto.

[Notícia atualizada às 11h39]

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