CGTP promove na 4.ª feira centenas de greves e manifestações no país

A CGTP promove na quarta-feira um dia de ação nacional de luta com centenas de greves, manifestações, concentrações e plenários em todo o país para reivindicar aumentos salariais, que poderá ter impacto em serviços públicos e nas empresas.

Union leaders encourage attendees of the Labor Day gathering. Lisbon. May 01, 2021. Hundreds of people participated today in Portugal in the demonstrations of May 1st, Labor Day, organized by the trade unions. The main events, announced by the General Con

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Lusa
27/06/2023 15:50 ‧ 27/06/2023 por Lusa

Economia

CGTP

"Amanhã [quarta-feira] vamos ter um dia nacional de luta de norte a sul e também nas ilhas, com os setores tanto da administração pública como do privado, com um conjunto de plenários muito alargado, com os trabalhadores a irem para a porta dos locais do trabalho para exigirem os seus direitos", disse à Lusa a dirigente da CGTP Ana Pires.

Os trabalhadores "têm uma reivindicação central, que é também a reivindicação da própria ação nacional, de aumentar salários, garantir direitos e contra o aumento do custo de vida", sublinhou a sindicalista, acrescentando que é preciso "responder às condições de vida difíceis dos trabalhadores" que enfrentam o aumento dos preços dos bens essenciais e da habitação.

Segundo Ana Pires, está previsto um conjunto de ações alargadas que incluem concentrações e greves em vários setores, do público ao privado, que poderão ter impacto na indústria alimentar, indústria metalúrgica, hotelaria e no comércio, que tem agendada uma greve nacional na grande distribuição.

Na administração pública, a greve nacional dos enfermeiros, que começa na quarta-feira, também poderá afetar o setor da saúde e, nas autarquias, "onde estão marcadas mais de 50 ações de luta" os efeitos também devem ser sentidos, indicou.

Para a CGTP, "é urgente o aumento geral dos salários e das pensões, pôr fim à especulação que beneficia os grandes grupos económicos, controlar e reduzir os preços de bens e serviços essenciais, taxar os lucros das grandes empresas e alterar o rumo da política que tem vindo a ser seguida e que empurra um número crescente de trabalhadores para a pobreza".

Entre as ações previstas incluem-se plenários, concentrações e greves em várias câmaras municipais do país e em empresas como a Matutano, Lactogal, Nobre, lojas EDP e Grupo Altice.

Estão ainda previstas manifestações em Lisboa e no Porto, com início às 15:00.

Na quinta-feira, a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, disse à Lusa esperar um grande dia de luta nacional.

"Estamos confiantes de que o dia 28 de junho vai ser um grande dia nacional de luta, com muitos milhares de trabalhadores a exigirem respostas aos seus problemas: aumentar salários, garantir direitos, contra o aumento do custo de vida, pelo direito à saúde e à habitação", disse Camarinha, no final da reunião do Conselho Nacional.

A CGTP reivindica um aumento dos salários para todos os trabalhadores em, pelo menos, 10% com um mínimo de 100 euros, a subida do salário mínimo para 850 euros e outras medidas que respondam ao aumento do custo de vida.

Leia Também: Federação dos médicos rejeita perda de direitos em negociação "fictícia"

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