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Bebé de Portimão? "Foram prestados todos os cuidados", garante CHUA

A reação foi dada, em exclusivo, pelo Centro Hospitalar Universitário do Algarve ao Notícias ao Minuto.

Bebé de Portimão? "Foram prestados todos os cuidados", garante CHUA

O Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) garantiu esta segunda-feira que "foram prestados todos os cuidados necessários" ao bebé de 11 meses que morreu, na sexta-feira, no Hospital de Portimão, enquanto aguardava por uma transferência hospitalar para a unidade de cuidados intensivos pediátrica do Hospital de Faro.

A informação foi dada em exclusivo ao Notícias ao Minuto pelo Conselho de Administração do centro hospitalar citado, do qual o Hospital de Portimão faz parte, após questionado sobre o tema.

A mesma fonte assegurou ainda que, no contexto deste caso, "todos os recursos técnicos e humanos, na unidade de Portimão, estiveram disponíveis e foram empregues adequadamente"

Ainda assim, o centro hospitalar deixou ainda uma nota de pesar face à morte deste bebé: o "CHUA lamenta o desfecho que não lográmos reverter".

A posição do Centro Hospitalar Universitário do Algarve surge após ter sido noticiada, ao longo dos últimos dias, a morte de um menino que morreu durante uma espera de, pelo menos, seis horas por uma transferência hospitalar, que levou a que o menino entrasse em paragem cardiorrespiratória à saída do Hospital de Portimão.

A criança teria ido, até, às urgências do mesmo hospital dois dias antes do óbito, segundo a informação avançada pelo JN. Nesse momento, ter-lhe-á sido diagnosticada uma bronquite, sendo-lhe receitado antibiótico. Recebeu, no mesmo dia, alta hospitalar.

Os pais do menino optaram por voltar a levá-lo ao Hospital de Portimão na sexta-feira, devido ao agravamento dos sintomas. Segundo o JN, o bebé, já entubado e em estado grave, não resistiria a um derrame do pericárdio.

Sobre as informações que têm sido noticiadas sobre a condição clínica desta criança, o Centro Hospitalar Universitário do Algarve disse ao Notícias ao Minuto não estar autorizado "pelos progenitores" deste menino "a dar qualquer nova informação, que aliás, sempre estaria protegida legalmente, acrescendo-se o facto de ser relativa a uma criança".

O caso foi alvo de uma reação imediata por parte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que, por via de uma fonte citada pela agência Lusa, explicou que quando as equipas se preparavam para transportar o bebé para o hospital de Faro de helicóptero, o seu estado clínico agravou-se, tendo a criança acabado por morrer ao final da tarde.

A mesma fonte deu ainda conta de que o hospital de Faro se encontrava sem serviço de pediatria no momento da fatalidade e, ainda, que o menino estava "devidamente acompanhado" pelas equipas pediátricas de Portimão no momento do sucedido.

Numa nota citada pela Lusa, o INEM elaborou: "Encontrando-se o hospital de Faro sem Pediatria e com a Ambulância de Transporte Inter-hospitalar pediátrico (TIP) inoperacional por falta de médico do hospital, e a TIP Lisboa ocupada noutra missão de emergência médica, o INEM iniciou depois os procedimentos necessários com vista ao acionamento do helicóptero do Algarve, acionamento este que foi efetivado pouco depois das 15h00".

Apesar disso, no momento em que a equipa do INEM preparava para dar início ao voo com destino a Faro, o estado clínico do bebé ter-se-á agravado - o que "obrigou a equipa a regressar, pelas 17h45, ao hospital de Portimão". O óbito acabou não conseguir ser evitado mais tarde.

Sobre o tema, o Ministério da Saúde garantiu que todos os "meios clínicos e técnicos" foram colocados à disposição neste caso e reforçou a tese de que o transporte terá falhado devido ao agravamento do estado de saúde da criança.

Na perspetiva da tutela, o Centro Hospitalar Universitário do Algarve "tinha condições para dar resposta" a este caso, sustentando que foi delineado foi uma transferência interna dentro da instituição.

Já o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar referiu, em declarações à CNN Portugal, que havia outras opções - nomeadamente, ativar outras equipas de serviço para se deslocar de helicóptero. "Podia ser a de Lisboa, a de Coimbra, no limite, até do Porto podiam fazê-lo", referiu. 

"Alguém do INEM ou do centro de orientação de doentes urgentes terá assumido e tomado essa decisão [de não ativar a opção acima referida]. Desconhecemos por que razão aconteceu desta vez, o que há-de requerer uma investigação", explicou o presidente do sindicato, Rui Lázaro, dizendo também que ativar outra equipa seria a opção mais "rápida e com a garantia de que funcionaria" o transporte da criança.

Leia Também: Da ida às urgências à transferência. Que aconteceu ao bebé de Portimão?

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