Numa mensagem publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa manifestou a convicção de que António Vitorino "terá mais oportunidades de pôr as suas capacidades pessoais e profissionais ao serviço de Portugal e do mundo".
O antigo ministro e comissário europeu retirou hoje a sua candidatura à reeleição como diretor-geral da OIM, após ter perdido a primeira votação para a norte-americana Amy Pope.
"Ao concluir o seu mandato como diretor-geral da Organização Internacional das Migrações, felicito o Dr. António Vitorino pela excelência do trabalho que fez ao longo destes anos, que se traduziu no significativo alargamento do apoio da OIM a dezenas de milhões de migrantes à volta do mundo", escreveu o chefe de Estado, numa mensagem divulgada logo depois.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, António Vitorino "pôs ao serviço daquela organização das Nações Unidas as suas enormes capacidades pessoais e profissionais imprimindo uma nova dinâmica e alargando muito significativamente o âmbito da sua atuação".
"Felicito por isso o Dr. António Vitorino por aquele excelente trabalho, certo que terá mais oportunidades de pôr as suas capacidades pessoais e profissionais ao serviço de Portugal e do mundo", acrescentou o Presidente da República.
Nos últimos meses, o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa, defenderam publicamente a recandidatura de António Vitorino em encontros internacionais como a 28.ª Cimeira Ibero-Americana, realizada na República Dominicana, em março, em que o diretor-geral da OIM também participou.
Em janeiro, Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou a cerimónia de apresentação de cumprimentos de ano novo pelo corpo diplomático acreditado em Portugal, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, para referir que Portugal apoiava "vigorosamente" a recandidatura de António Vitorino ao cargo de diretor-geral da OIM, que disse ver "com júbilo crescentemente apoiado".
Em setembro do ano passado, o Presidente da República reuniu o Conselho de Estado, com a participação, como convidado, de António Vitorino, na qualidade de diretor-geral da OIM.
António Vitorino, advogado e antigo dirigente socialista, comissário europeu e ministro da Presidência e da Defesa Nacional, foi proposto pelo Governo português em dezembro de 2017 e eleito em junho de 2018 diretor-geral da OIM -- organização criada em 1951 e atualmente integrada no sistema das Nações Unidas, com 169 Estados-membros.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, saudou na altura a eleição de António Vitorino como "uma grande alegria para Portugal" e "uma vitória também para o mundo", por representar uma visão de abertura, "contra os protecionismos, xenofobias, clausuras e intolerâncias".
[Notícia atualizada às 15h57]
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