Marcelo discursa no PE para falar sobre "grandes desafios" da UE

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse hoje que, na sua intervenção de quarta-feira no Parlamento Europeu, irá analisar os "grandes desafios" da União Europeia (UE), abordando "todos os órgãos de soberania" portugueses, incluindo o Governo.

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Lusa
09/05/2023 21:42 ‧ 09/05/2023 por Lusa

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Marcelo Rebelo de Sousa

"Eu amanhã falarei no Parlamento Europeu. Não deixa de ser curioso que mal eu fui eleito pela primeira vez, um mês e quatro dias depois, estava a falar no Parlamento Europeu para mostrar o empenho europeu de Portugal e era outro mundo completamente diferente e outra Europa. Agora, uma Europa diferente, um mundo diferente e regresso como convidado, não tanto para participar no debate, mas para também dizer em poucas palavras aquilo que Portugal pensa acerca dos desafios da Europa", referiu o chefe de Estado português.

Falando à imprensa portuguesa à chegada à cidade francesa de Estrasburgo, antes de um jantar com eurodeputados portugueses e com membros da diáspora portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa contextualizou que "são agora [tempos] mais difíceis do que eram na altura" dado que "não havia guerra [...] nem pandemia".

"Eu vou falar sobre a Europa, especificamente os desafios da Europa, e, portanto, é aquilo que eu vou dizer. Naturalmente, respeita à representação de Portugal como um todo, cobre todos os órgãos de soberania", assinalou, quando questionando se iria mencionar o Governo na sua intervenção.

Escusando-se a comentar as divergências da política nacional, Marcelo Rebelo de Sousa reforçou que irá abordar "os grandes desafios que se colocam à Europa".

A visita a Estrasburgo surge numa altura de divergência entre o chefe de Estado e o primeiro-ministro português, António Costa, em relação à permanência no Governo do ministro das Infraestruturas, João Galamba.

Na passada quinta-feira, numa comunicação ao país, o Presidente da República prometeu que estará "ainda mais atento e mais interveniente no dia a dia" para prevenir fatores de conflito que deteriorem as instituições e "evitar o recurso a poderes de exercício excecional".

O chefe de Estado qualificou a sua discordância em relação à decisão do primeiro-ministro de manter João Galamba como ministro das Infraestruturas como uma "divergência de fundo" e considerou que essa decisão de António Costa tem custos "na credibilidade, na confiabilidade, na autoridade do ministro, do Governo e do Estado".

"O que sucedeu terá outros efeitos no futuro. Terei de estar ainda mais atento à questão da responsabilidade política e administrativa dos que mandam, porque até agora eu julgava que sobre essa matéria existia, com mais ou menos distância temporal, acordo no essencial. Viu-se que não, que há uma diferença de fundo", adiantou na ocasião.

Hoje, assinala-se o Dia da Europa, realizado anualmente a 09 de maio, assinala o aniversário da histórica Declaração Schuman, que expôs a visão de Robert Schuman sobre uma então nova forma de cooperação política na Europa, dando início à agora UE.

Leia Também: "Razão importante". Marcelo explica promulgação do diploma dos docentes

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