Hugo Soares acusa PS de "fazer dos portugueses tontos"

O secretário-geral social-democrata criticou o Governo, dizendo ser uma "vergonha" a forma como o executivo trabalha.

Hugo Soares, secretário-geral do PSD

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Notícias ao Minuto
28/04/2023 08:16 ‧ 28/04/2023 por Notícias ao Minuto

Política

PSD

O PSD criticou duramente a troca de mensagens entre o Partido Socialista e a ex-CEO da TAP, que terão combinado as perguntas e respostas para a audição parlamentar sobre a companhia aérea, considerando na quinta-feira que o Governo está "a fazer dos portugueses tontos".

À SIC, que avançou com a notícia sobre as trocas de informações, o secretário-geral social-democrata, Hugo Soares, afirmou que a reunião entre PS, Christine Ourmières-Widener e membros do Governo demonstra a forma como são tratados os "assuntos do Estado, julgando que aquilo que é Governo confunde-se com o partido".

"O Partido Socialista confunde maioria absoluta com poder absoluto e toma conta de todas as instituições", afirmou o dirigente do PSD.

Para Hugo Soares, "combinar entre o Governo, o deputado e a administradora de uma empresa pública, as perguntas que no dia seguinte vão colocar e as respostas que a senhora ia dar significa fazer de todos os portugueses tontos e significa que o PS julga-se dono disto tudo". "Isto é colocar em causa o regular funcionamento das instituições", atirou.

Na quinta-feira, a televisão privada avançou, citando documentos sobre a reunião entre Carlos Pereira (o deputado socialista que saiu da Comissão Parlamentar de Inquérito), a ex-CEO da TAP e outros membros do Governo, realizada a 17 de janeiro, que as partes combinaram a forma como a audição a Christine Ourmières-Widener ia ser conduzida, estando em causa a indemnização paga pela empresa à antiga administradora, Alexandra Reis.

Antes, já Carlos Pereira e a própria Ourmières-Widener tinham confirmado a existência de uma reunião, com o deputado socialista a afirmar, a 10 de abril, que o processo era normal e que a reunião fora marcada pelo Ministério dos Assuntos Parlamentares (tutelado por Ana Catarina Mendes).

Hugo Soares explicou que "ao Parlamento, cabe fiscalizar a atuação do Governo e das empresas públicas", pelo que "o que aconteceu foi uma simulação de democracia". "Isto tem de ser denunciado. A quem compete tirar responsabilidades? Ao primeiro-ministro", apontou, criticando António Costa por não admoestar os seus ministros e por manter um "silêncio ensurdecedor".

Sobre o parecer jurídico que seria a base para o despedimento da ex-CEO - e que, afinal, não existia, com a ministra Mariana Vieira da Silva a falar de um erro de "semântica", o secretário-geral do PSD indignou-se com a justificação dada pelo executivo, acusando-o de "mentir descaradamente aos portugueses, por escrito".

"A questão semântica não existe, não foi uma conversa de café. É uma nota escrita, assinada por membros de Governo, que falam em parecer. Os ministros mentiram ao país. Já não são ministros, são uma espécie de meios-ministros, já perderam a autoridade política", vincou.

Leia Também: PS e ex-CEO da TAP terão combinado perguntas antes de audição parlamentar

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