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No Dia Mundial da Terra, falamos de compostagem. Sabe o que é?

Um artigo de opinião assinado por Madalena Martins, Responsável de Sensibilização Ambiental na Resialentejo.

No Dia Mundial da Terra, falamos de compostagem. Sabe o que é?
Notícias ao Minuto

10:07 - 22/04/23 por Notícias ao Minuto

País Artigo de opinião

"Assinala-se hoje o Dia Mundial da Terra, em mais de 190 países, com o principal objetivo de continuar a alertar para a necessidade de preservar os recursos naturais, o ambiente e a sustentabilidade do nosso planeta. 

Sabia que esta efeméride nasceu em 1970, graças ao norte-americano Gaylord Nelson? No dia 22 de abril desse ano, o político convocou uma manifestação para chamar a atenção para o tema da poluição. De acordo com os números divulgados na imprensa da época, mais de 20 milhões de pessoas participaram na iniciativa, nos Estados Unidos. A partir daí, todos os anos, a 22 de abril celebramos o dia da Terra, anualmente com uma temática diferente a centrar as atenções. 

Em 2000, o foco estava virado para o aquecimento global e a energia limpa. O fim da Poluição Plástica foi o tema de 2018, e este ano a temática é “Investir no nosso planeta”, que destaca a importância de dedicarmos tempo, recursos e energia para apoiarmos as soluções para problemas como as alterações climáticas, entre outras questões ambientais.

A propósito destas comemorações, apresentamos-lhe algumas curiosidades e informações sobre uma prática que pode ajudar - e muito - o nosso planeta. Falamos da compostagem. Não sabe o que é? É mais uma forma de reciclar e a explicação é bem mais simples do que o nome indica.

  • A compostagem é um processo biológico através do qual os microrganismos transformam a matéria orgânica (folhas, papel, restos de fruta e hortaliças) numa substância semelhante ao solo, à qual chamamos de composto.
  • Este composto, rico em nutrientes, melhora o crescimento das plantas, relvados e jardins.
  • Os resíduos que podem e devem ser compostados são, normalmente, classificados em "verdes” e” castanhos” conforme o teor de humidade e a proporção de nutrientes.
  • A compostagem não é um processo inovador, muito pelo contrário, evidências arqueológicas indicam é praticada desde o período neolítico.
  • Hortaliça, pão, restos de plantas e frutas, palha, feno, ou as borras de café e, até, os guardanapos são alguns dos materiais que podem ser utilizados para compostagem.
  • Dejetos de animais domésticos, medicamentos, fraldas, pilhas, tintas, cinzas ou beatas de cigarros, pelo contrário, não podem ser utilizados na compostagem doméstica.
  • A compostagem pode capturar carbono no solo. Há soluções que envolvem alta tecnologia e que estão a ser desenvolvidas para capturar carbono da atmosfera, mas a compostagem é uma técnica relativamente simples e de baixo custo que alcança o mesmo objetivo.
  • O composto nunca deve cheirar mal. Se a sua pilha de compostagem cheira mal, precisa de mais oxigénio. A solução pode ser tão simples quanto arejar, misturar ou adicionar mais papel, madeira ou palha. 
  • Se sentir o cheiro de ovos podres, isso significa que há a produção de sulfeto de hidrogénio: misture bem para que as camadas inferiores fiquem expostas a maior circulação de ar. 
  •  O Composto vendido pela Resialentejo, só no primeiro trimestre de 2023, correspondeu a 679 toneladas, o que equivale a um avião Airbus A350.
  • Em média, cada um dos munícipes produz 210 quilos, por ano, de biorresíduos, nos oito concelhos do Alentejo abrangidos pela Resialentejo (empresa intermunicipal responsável pelo tratamento de resíduos no Baixo Alentejo, nos concelhos de Almodôvar, Barrancos, Beja, Castro Verde, Mértola, Moura, Ourique e Serpa)."

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