Zika, malária ou dengue? "Sistema está preparado" para identificação

Portugal tem uma rede de vigilância dedicada a doenças como a zika, a malária ou a dengue, que se traduz num "sistema preparado" para identificar qualquer eventual situação de maior risco "a tempo", garantiu hoje o ministro da Saúde.

Notícia

© Global Imagens

Lusa
21/04/2023 12:13 ‧ 21/04/2023 por Lusa

País

Saúde

Em Matosinhos, no distrito do Porto, em declarações aos jornalistas à margem da conferência "Pacto Jovem -- Nova geração de pessoas" integrada no programa "Sociedade Civil" da RTP2, Manuel Pizarro disse que "Portugal criou em 2008 uma rede de vigilância dos vetores", ou seja dos insetos e transmissores de doenças como zika, malária ou dengue.

"[Essas doenças] não existem se não existirem os mosquitos que as transmitem, os parasitas ou os vírus. Temos uma rede de vigilância que é uma rede com mais de 300 pessoas a trabalhar. Temos um programa de vigilância muito atento, não ignorando que as alterações climáticas têm esta consequência porque tornam o nosso clima mais propício à presença de insetos que só eram normais no mundo tropical", disse Manuel Pizarro.

Na quarta-feira, o presidente do Instituto de Medicina Tropical alertou para a possibilidade de surtos epidémicos de dengue e zika em Portugal e apelou aos profissionais de saúde para que não confundam eventuais casos com gripe.

Em declarações à agência Lusa, Filomeno Fortes lembrou que já foi identificado em Portugal o mosquito 'aedes albopictus' - que pode transmitir zika, dengue e chikungunya - e que os ovos podem permanecer em estado de hibernação mais de um ano.

"Basta entrar em contacto com a água para o mosquito eclodir. E este mosquito tem uma característica: Infeta-se uma vez e é para toda a vida", explicou o responsável, considerando que a probabilidade de Portugal ter ovos infetados "é grande".

Hoje, o ministro da Saúde garantiu que "há mecanismos de vigilância montados para, sem qualquer falta de tranquilidade, poderem ser dados alertas quando eles se revelam necessários" e recordou que em Portugal existiu malária endémica até há 60 ou 70 anos.

"Nas zonas mais húmidas, sobretudo na bacia do rio Sado, mas também aqui a Norte no Vouga, existia malária que fomos capazes de erradicar. A realidade atual é de uma fortíssima deslocação de pessoas entre países e isso, aliado às alterações climáticas torna, os riscos maiores. Mas temos um sistema preparado para os identificar a tempo", reiterou.

Questionado sobre se o Ministério da Saúde pondera tomar medidas adicionais, o governante recordou a pandemia de covid-19 para apontar que, entretanto, a vacina e os cuidados permitiram atingir alguma normalidade e disse que "outro tipo de medidas podem ser indesejadas".

Leia Também: "Não há motivos de preocupação clínica" sobre casos de lepra em Portugal

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas