Ajudas para quem vive com pobreza? "Classe média é que as paga"
O socialista Sérgio Sousa Pinto falou ainda sobre redução dos preços, no âmbito da medida do IVA zero. Considerando que a diminuição de preços é "pouco expressiva", referiu, no entanto, que "é importante".
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Política Sérgio Sousa Pinto
Sérgio Sousa Pinto considerou, na terça-feira, que os pressupostos sobre os quais "assenta a vida da classe média" portuguesa são colocadas em causa pela falta de política de fomento de crescimento económico.
"O problema da classe média no nosso país é um problema que fundamentalmente resulta da dificuldade que temos em por de pé políticas que criem condições para o crescimento económico do país para aumento da produtividade da economia portuguesa", começou por dizer o deputado em declarações no programa ‘Prime Time’ da CNN.
O socialista sublinhou ainda que todos os pressupostos que formam aquilo a que se pode chamar de classe média são postos em causa devido à dificuldade acima referida, mas também pelas incapacidades nacionais e "necessidade de acudir uma multidão imensa no limiar ou em risco de pobreza". O comentador considerou que esta parte da população mais frágil tem "ajudas mais ou menos expressivas", e que estas são "custeadas pela classe média". "A classe média é que as paga", rematou.
No mesmo dia em que a medida "excecional e temporária" do IVA zero entrou em vigor, Sousa Pinto falou ainda sobre a redução de preços. "Quando olhamos para a expressão económica da redução dos preços, somos recordados de que vivemos num país pobre, que não resolveu os seus problemas de atraso, inclusivamente no seu desenvolvimento económico", notou, reforçando a ideia de que mesmo que a diminuição nos preços seja "tão pouco expressiva", é significante.
"Uma diminuição tão pouco expressiva no preço de bens essenciais à sua vida quotidiana é importante, por insignificante que seja a redução", elaborou.
Insistindo na ideia de que Portugal é constantemente recordado do seu "atraso" e da pobreza de uma parte significativa da população, "temos de ter presente que quem sustenta a solidariedade social é quem paga impostos", rematou.
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