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Marcelo e Costa sobre execução do PRR: "É uma corrida contra o relógio"

Presidente da República e primeiro-ministro realçaram, desde Mangualde, a corrida contra o tempo na execução dos projetos financiados pelo PRR.

Marcelo e Costa sobre execução do PRR: "É uma corrida contra o relógio"
Notícias ao Minuto

18:13 - 31/03/23 por José Miguel Pires

Economia PRR

"Isto é uma corrida contra o relógio. Há um prazo, que termina no final de 2026. Pode acontecer que haja prolongamento, ou não, depende da Comissão Europeia, mas não devemos contar com isso", alertou Marcelo Rebelo de Sousa, desde Mangualde, referindo-se à execução dos projetos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). 

As declarações aos jornalistas foram dadas lado a lado com o primeiro-ministro, num dia em que ambos visitaram vários pontos do Centro do país, para avaliar o estado da execução de alguns projetos.

"A ideia, no fundo, presente em toda a visita foi o contrarrelógio, o tempo é limitado, vamos cumprir os prazos, vamos acelerar o que se puder acelerar", vincou Marcelo Rebelo de Sousa, desde Mangualde.

Nas mesmas declarações, o Presidente da República referiu que o país sofre de dois tipos de problemas: Primeiro, "o problema de estar à frente no futuro" e, depois, os problemas que uma parte do país, "por um lastro do passado", enfrenta.

"Os fundos europeus visam esses dois objetivos: primeiro, apoiar aquilo que são agendas mobilizadores de futuro, estar na primeira linha do futuro. E do outro lado, acelerar a resolução dos problemas sociais de quem ficou, por razões do passado, para trás", explicou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado realçou ainda que "quanto mais depressa for [a execução dos projetos], menos sobem os custos".

"Temos a noção que esta corrida contra o tempo é uma num período em que, na Europa e no Mundo, há custos da produção que subiram imenso, que ainda estão altos, e que não sabemos se podem subir mais ou não. É evidente que, quanto mais depressa for possível executar os projetos, fazer chegar ao terreno o que está programado, melhor. Torna mais barata a execução e mais fácil a realização dos objetivos", concluiu ainda o Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa alertou, ainda, citado o presidente da Stellantis: "Tudo aquilo que nos propomos fazer tem de ser com transparência."

"O escrutínio hoje é enorme. É o escrutínio dos portugueses, mas também da Europa, dos fundos europeus", disse.

O antigo comentador político recordou a sua anterior atividade económica, alegando que, agora, "não dá notas ao comportamento do Governo". "O que eu dizia, e digo, é que a função que tenho assumido é de ser catalisador positivo. Quer dizer, um elemento, que porque está alerta, chama a atenção para aquilo que entende em cada momento que pode ser o despertar a atenção para um desafio que é único", explicou.

"Eu vi como nasceu o PRR, portanto, para mim, sei exatamente qual é a dificuldade que temos", alegou Marcelo Rebelo de Sousa, saudando o ministro da Economia pela "paternidade" do programa e reconhecendo "as dificuldades que houve" na execução do mesmo. "Percebo as dificuldades, mas a minha função é o meu coração não ficar mole por isso", alertou ainda, deixando elogios ao trabalho do primeiro-ministro.

António Costa relembra que "há um cronómetro que está a contar"

Também o primeiro-ministro realçou que "há um cronómetro que está a contar e todos os projetos têm de estar concluídos até 31 de dezembro de 2026", que é "já quase depois de amanhã".

"Temos que manter este ritmo, é muito importante, e vamos cumprir. Até agora, estamos a cumprir. Na reunião do Conselho de Estado, a comissária europeia Elisa Ferreira sinalizou que Portugal é o 5.º país que está mais avançado entre os 27 [da UE] na execução dos PRR", argumentou António Costa, rejeitando falar sobre o tema da Habitação, após, na quinta-feira, ter anunciado as medidas do programa 'Mais Habitação'.

O líder do Governo argumentou que há "boas razões para confiar que cada métrica vai sendo cumprida", e que é "fundamental ter o Presidente da República alerta e que o país esteja todo mobilizado".

Sobre a sua relação com Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa disparou: "As coisas funcionam bem. É como num automóvel. Se cada peça desempenhar a sua função, o carro anda bem e com segurança. O Presidente da República desempenha o seu papel e o Governo desempenha o seu papel."

Em jeito de conclusão, aliás, António Costa quase rimava. "Assim, cada um no seu papel, o carro anda bem", vaticinou.

[Notícia atualizada às 18h41]

Leia Também: Relacionamento com o Presidente "não carece de reforço", diz Costa

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