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Agricultores invadem CCDR do Alentejo em Évora, apesar da oposição da PSP

Os ânimos exaltaram-se hoje na manifestação dos agricultores em Évora, com alguns dos participantes no protesto a invadirem o átrio da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, apesar da oposição da PSP.

Agricultores invadem CCDR do Alentejo em Évora, apesar da oposição da PSP
Notícias ao Minuto

13:04 - 24/03/23 por Lusa

País Agricultores

Na marcha, os agricultores pararam em frente às instalações da CCDR do Alentejo e uma delegação entrou no edifício para entregar um documento reivindicativo, que foi recebido por uma funcionária.

À saída, um dos elementos do grupo tirou uma corrente de um saco de plástico e trancou a cadeado duas das portas, o que levou a PSP a intervir para as reabrir.

O cadeado acabou por ser aberto com a chave entregue pelos agricultores e a corrente foi retirada, daquilo que a agência Lusa conseguiu observar, voltando aquelas duas portas a ficar desimpedidas, mas já guardadas pelos agentes policiais.

A entrada da CCDR, toda em vidro, nunca esteve totalmente bloqueada, porque existem várias outras portas que estiveram abertas.

Esta foi a 6.ª manifestação nacional e a 3.ª no Alentejo (as outras foram em Portalegre e em Beja) convocada pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e, além de terem marcado presença à volta de 70 organizações agrícolas de todo o país, contou com várias centenas de tratores e alguns milhares de agricultores.

Tal como as anteriores, começou de forma pacífica e assim decorreu durante quase todo o percurso, mas o facto de o dossiê com os problemas do setor não ter podido ser entregue a um alto responsável da CCDR Alentejo fez alguns agricultores perderem a paciência.

Já com os ânimos exaltados e gritos de "bandidos" e "invasão", alguns forçaram as portas e entraram, ficando pela zona do átrio.

No exterior, elementos da PSP no local tentaram conter a entrada dos manifestantes, que continuavam a bater nas portas de vidro e a querer juntar-se aos que se encontravam no interior, com assobios e a gritarem palavras de ordem contra a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes.

Depois de conversarem com algumas pessoas da CCDR, os manifestantes que se encontravam no interior das instalações acabaram por sair e a marcha retomou o percurso estabelecido pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).

A seguir, os participantes na marcha pararam em frente à Direção Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo, cujo diretor, José Calado, recebeu à entrada responsáveis da CAP e da organização do protesto.

O presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa, explicou ao diretor regional o que se tinha passado na CCDR, que tinha sido "a imagem da paciência a esgotar-se", por os agricultores terem sentido "um certo desdém", e agradeceu a José Calado por os ter recebido aos portões da direção regional.

Em declarações aos jornalistas, o presidente da CAP justificou que, na CCDR, "houve um exaltar de ânimos, porque os agricultores tinham avisado que tinham um documento para ser entregue, o senhor presidente não estava presente, nem tinha delegado alguém para receber".

"Veio sangue à tona e houve ali um bocadinho de falta de paciência", afirmou.

Questionado pela Lusa, o presidente da CAP rejeitou que tenha havido invasão da CCDR: "Não houve nenhuma invasão. Houve ali uma certa indignação pela forma como os agricultores estavam na expectativa de ser recebidos e acabaram por não ser e por isso houve ali uns arrufos. Felizmente não aconteceu nada, se fosse em França possivelmente o edifício estava partido e aqui não aconteceu", limitou-se a reconhecer.

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