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"Declarações lamentáveis". Defesa de marinheiros critica Gouveia e Melo

O advogado dos 13 militares que recusaram embarcar no navio Mondego lamentou que estes tenham sido "enxovalhados perante todo o país".

"Declarações lamentáveis". Defesa de marinheiros critica Gouveia e Melo

Paulo Graça, um dos advogados dos 13 militares que se recusaram a embarcar no navio Mondego, condenou, esta sexta-feira, as “declarações lamentáveis” do chefe do Estado-Maior da Armada, Henrique Gouveia e Melo.

O almirante, recorde-se, considerou ontem que se tratava de um caso de “gravidade muito grande” e que a Marinha “não pode esquecer, ignorar, ou perdoar os atos de indisciplina”.

Questionado pela SIC Notícias, antes da chegada dos militares ao Aeroporto de Lisboa, sobre como descreveria as declarações de Gouveia e Melo, Paulo Graça foi taxativo: “Lamentáveis”.

"A comparação do que se passou com a Revolta na Bounty é perfeitamente lamentável. O que se passou nada tem a ver com a Revolta na Bounty. É bom que os portugueses saibam", disse.

"Acho também lamentável que, em praça pública, estes homens - que são pais de família e alguns deles condecorados e com muitos anos na Marinha - tenham sido enxovalhados perante todo o país, sem serem sequer previamente ouvidos", acrescentou ainda.

No entanto, segundo o advogado, o “estado moral” dos militares é “muito bom”, apesar de existir a “possibilidade” de suspensão, “tendo em conta a repercussão pública que a Marinha deu a este caso”.

O NRP (Navio da República Portuguesa) Mondego não cumpriu no sábado à noite uma missão de acompanhamento de um navio russo a norte da ilha do Porto Santo, na Madeira, porque 13 dos militares da guarnição (quatro sargentos e nove praças) se recusaram embarcar por razões de segurança.

Entre as várias limitações técnicas invocadas pelos militares para se recusarem a embarcar no navio constava o facto de um motor e um gerador de energia elétrica estarem inoperacionais.

A Marinha confirmou que o NRP Mondego estava com "uma avaria num dos motores", mas referiu que os navios de guerra "podem operar em modo bastante degradado sem impacto na segurança", uma vez que têm "sistemas muito complexos e muito redundantes".

[Notícia atualizada às 09h51]

Leia Também: Gouveia e Melo admite descontentamento com o estado dos navios da Marinha

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