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O que se sabe sobre explosão em Sta Margarida que matou sargento-ajudante

O acidente está a ser investigado pela Polícia Judiciária Militar. Um sargento, de 47 anos, morreu na sequência da explosão, e outras cinco pessoas ficaram feridas, estando agora "estáveis".

O que se sabe sobre explosão em Sta Margarida que matou sargento-ajudante
Notícias ao Minuto

09:26 - 03/03/23 por Notícias ao Minuto

País Santa Margarida

Faltavam poucos minutos para as 17h de quinta-feira quando se registou uma ocorrência no Campo Militar de Santa Margarida, no distrito de Santarém, e uma hora e meia depois havia ainda cerca de 40 operacionais no local. As informações do Exército chegaram às redações através de um comunicado: um morto e cinco feridos na sequência de uma explosão que decorreu durante "uma operação de desativação de engenhos explosivos".

A explosão foi descrita, primeiramente, como "inadvertida", e, num momento posterior, como "inopinada" - ou seja, não programada.

A vítima mortal é um sargento-ajudante, de 47 anos, que fazia parte da equipa que se encontrava a realizar o exercício de inativação de explosivos - no âmbito do 'Planeamento e Gestão das Áreas de Instrução, Infraestruturas de Tiro e de Treino do Campo Militar de Santa Margarida' -, adiantou fonte dos Bombeiros de Constância em declarações aos jornalistas.

De acordo com o que o Comando Subregional do Médio Tejo disse ao Notícias ao Minuto, também estiveram no local corporações dos bombeiros da Barquinha, Sardoal, Chamusca, Entroncamento e Abrantes. A assistência aos militares que realizavam o exercício foi também dada pelo INEM, com recurso a um helicóptero, que transportou dois feridos considerados graves para o Hospital Universitário de Coimbra. Já os outros três feridos, ligeiros, foram assistidos no Hospital de Abrantes.

Após a explosão, este ramo das Forças Armadas deu ainda conta de que, para além da ativação de uma "equipa de apoio psicológico", foi também "aberto um processo de averiguações" por parte da  Polícia Judiciária Militar. Cerca de quatro horas depois de ter sido dado o alerta, o chefe da equipa de urgência do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) dava conta de que os dois militares hospitalizados estavam "estáveis".

Mas, afinal, o que se passou em Santa Margarida?

Por volta das 20h, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Constância fez um balanço à imprensa, explicando que o acidente aconteceu quando o Exército estava a utilizar uma máquina para inativação de explosivos, tendo esta ficado destruída.

Marco Gomes referiu que, após as manobras do Exército, por uma questão de segurança, são mobilizadas equipas para inertizar aquilo que são explosivos que possam não ter sido detonados.

"Os militares fazem treino operacional com cargas explosivas e é um procedimento padrão que não correu como desejado. [O incidente ocorreu quando uma] máquina estava a operar e soterrar todo o explosivo que ficou danificado e resultou numa vítima mortal", frisou.

"É uma máquina com balde, uma máquina normal com capacidade de transportar terra, ficou debilitada. O operador da máquina foi uma das vítimas que foi para Coimbra no meio aéreo", detalhou.

A "solidariedade" de Marcelo e de outros governantes

Alguns governantes não demoraram a reagir à situação, como é o caso do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que, numa nota publicada no site da Presidência referiu que já tinha falado com a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, e com o General Chefe do Estado-Maior do Exército, o general Eduardo Mendes Ferrão, estando a acompanhar "solidariamente as vítimas desse acidente e seus familiares, enquanto decorrem as operações a cargo das entidades competentes". 

Já a responsável pela tutela da Defesa enviou um comunicado às redações a apresentar as condolências, desejando “uma rápida recuperação” aos cinco feridos, hoje já "estáveis". “Aos camaradas dos militares envolvidos neste incidente endereça também uma palavra de solidariedade”, lê-se na nota.

Também o presidente da Assembleia da República teve uma palavra a dizer sobre a situação, apresentando, à semelhança dos dois responsáveis acima citados, as condolências.

Leia Também: Feridos na explosão em Santa Margarida "estáveis" e sem sequelas graves

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