Por ar e por terra, são muitos os operacionais que tentam combater os violentos incêndios florestais que, esta semana, estão a sobressaltar o sul do Chile e já mataram 24 pessoas.
Ao país chega ajuda de um pouco de todo o mundo, inclusive de Portugal. Em conversa com a rádio chilena Expreso Bío Bío, um piloto português, com mais de 10 mil horas de voo, 5 mil das quais a lutar contra fogos, garantiu que nunca tinha visto um incêndio tão grande como o que ocorre no sul do Chile.
"Para mim, é uma guerra, nunca vi algo tão brutal", garantiu Ângelo Piovani, que é piloto há cerca de 30 anos.
Apesar da tragédia e de já terem ardido mais de mil casas durante os fogos, o português elogiou o dispositivo de combate aos incêndios do Chile, que, nas suas palavras, devia ser replicado a outros países devido à sua eficácia.
"É a primeira vez que estou no Chile, já trabalhei no meu país, Itália, Espanha, Grécia, França […] e fui surpreendido com o dispositivo de combate aos incêndios e com os recursos que o Chile dispôs para combater o fogo. O dispositivo chileno é muito parecido com o português", comentou Ângelo, acrescentando que um país com uma resposta menos "impressionante", teria "desmoronado".
"O Chile pode estar orgulhoso do seu dispositivo de combate aos incêndios", afirmou ainda antes de concluir a entrevista.
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