"Tirem-nos daqui". Professora portuguesa relata abalo na Turquia

Clementina Ferreira, uma professora da Póvoa do Varzim, que está juntamente com outra e seis alunos portugueses que se encontravam em Erasmus+ na Turquia, conta que "a 100 metros, um edifício de 17 andares colapsou e houve quem visse".

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© REUTERS/Umit Bektas

Inês Frade Freire
07/02/2023 21:18 ‧ 07/02/2023 por Inês Frade Freire

País

Turquia

Clementina Ferreira, uma professora da Póvoa do Varzim, que está juntamente com outra e seis alunos portugueses - com idades entre os 16 e 18 anos - que se encontravam em Erasmus+ na Turquia, relatou à SIC Notícias o que viveu durante os abalos que se sentiram no país na segunda-feira.

Numa viagem de autocarro prestes a entrar em Ancara, em segurança, a professora começa por contar que estavam no hotel em Adana quando tudo aconteceu.

"Foi rápido, talvez um minuto, e na sequência disso, saímos para o exterior", relata sobre o momento do primeiro abalo, tendo-lhes sido pedido que ficassem duas horas no exterior.

No momento do segundo abalo, já com todos na rua "houve algum sinal de pânico porque a 100 metros, um edifício de 17 andares colapsou e houve quem visse".

Segundo Clementina, todos regressaram ao hotel e ligaram para a escola para que entrasse em contacto com o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português. "Por favor tirem-nos aqui o mais depressa que puderem", pediram.

"Depois entraram em contacto connosco e disseram para nos mantermos no hotel", explicou, que esclarece ter sido considerado o local mais seguro da cidade. "O hotel não sofreu nenhum dano e no meu quarto nada caiu", continuou.

No hotel, que servia de acolhimento para refugiados do terramoto, "de vez em quando traziam uma sopa e um pão". "Ontem não almoçámos nem jantamos", recordou.

De acordo com a professora, a previsão é que consigam apanhar um voo para o Porto e que cheguem amanhã a Portugal.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros revelou, esta terça-feira, que tem estado (e pretende continuar) a "acompanhar de perto a situação dos cidadãos portugueses" em território turco, na sequência do "terramoto que atingiu, com forte impacto, a Turquia e a Síria", informa uma nota enviada pela tutela às redações.

O Governo português deu ainda conta, por esta via, que a "Embaixada de Portugal em Ancara tem estado em contacto com um grupo de seis jovens portugueses que se encontravam em Erasmus+, acompanhados por duas professoras, confirmando que estão em segurança e procurando agora uma via segura para a sua saída do país".

Mais de 7.200 mil pessoas morreram após um terramoto de magnitude 7,8 na escala de Richter e das réplicas que atingiram o sul da Turquia e o norte da Síria.

O sismo ocorreu às 04h17 (01h17 em Lisboa), a 33 quilómetros da capital da província de Gaziantep, no sudeste da Turquia e próximo da fronteira com a Síria, a uma profundidade de 17,9 quilómetros.

Leia Também: Sismo. Missão portuguesa parte para a Turquia na quarta-feira

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