Homofobia. Bar no Porto admite que não protegeu "devidamente as vítimas"
O mítico espaço da noite do Porto diz estar "a tomar medidas exemplares em relação aos intervenientes e a reforçar os protocolos de gestão deste tipo de situações".

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País Homofobia
O bar Maus Hábitos, no Porto, admite que os seguranças do espaço geriram mal a situação de agressões e insultos homofóbicos que ocorreu na sexta-feira, dia 3.
"Averiguada a situação com claro perfil homofóbico que ocorreu na passada sexta-feira, constatamos que, apesar da experiência dos nossos colaboradores, a situação não foi gerida da melhor forma, não protegendo devidamente as vítimas", pode ler-se numa publicação feita pelo bar na sua página na rede social Facebook.
O mítico espaço da noite do Porto diz estar "a tomar medidas exemplares em relação aos intervenientes e a reforçar os protocolos de gestão deste tipo de situações".
"Tudo faremos para garantir que situações similares não voltem a acontecer e que o Maus Hábitos continue a ser o que sempre foi: um espaço seguro, de convívio e dos mais diversos prazeres", pode ainda ler-se.
Recorde-se que um grupo de jovens amigos foi alvo de insultos homofóbicos e agressões, na noite de sexta-feira, dia 3 de fevereiro, no bar Maus Hábitos, no Porto. Segundo o relato de um dos agredidos, Manuel Oliveira, que estava no espaço acompanhado pelo namorado, tudo terá tido início na casa de banho do bar, quando um grupo de rapazes começou a tecer comentários homofóbicos.
À saída da casa de banho, Manuel e os amigos começaram a ser agredidos e empurrados para o chão, pelo que os seguranças foram chamados a intervir.
Ainda segundo o relato, partilhado através das redes sociais, "a abordagem dos seguranças não foi a melhor": "Foram super agressivos, estavam completamente fora de controlo, expulsaram-nos, expulsaram os gajos".
Com os dois grupos expulsos do bar, e mesmo após os seguranças terem sido informados dos contornos da situação, as agressões continuaram no exterior, na rua Passos Manuel.
O jovem foi "espancado", ficando a sangrar do nariz. Tendo nessa altura sido abordado por um dos seguranças que se aproximou dele e disse: "Eu tinha avisado, era melhor terem-se ido embora".
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