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Afinal, diz ministro, Portugal ainda não decidiu se envia tanques a Kyiv

Depois de ter revelado detalhes sobre como seria o transporte dos tanques Leopard 2 para a Ucrânia, João Gomes Cravinho esclareceu que não há, ainda, decisão do governo português sobre se enviará, ou não, estes tanques de fabrico alemão.

Afinal, diz ministro, Portugal ainda não decidiu se envia tanques a Kyiv

Afinal, não há ainda decisão do Executivo português sobre o eventual envio de tanques Leopard 2 para a Ucrânia, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros - que, no início da tarde desta quarta-feira, anunciava os detalhes sobre esse mesmo envio que agora, afinal, não é certo.

“Não há nenhuma decisão sobre o envio de carros de combate portugueses para a Ucrânia. Nós participamos no esforço coletivo de apoio à Ucrânia, temos dado a nossa contribuição de forma muito generosa nos vários âmbitos - político, militar, humanitário e financeiro -, e em relação ao aspeto militar, Portugal tem vindo a contribuir sempre de acordo com as suas possibilidades e as necessidades ucranianas”, esclareceu o ministro dos Negócios Estrangeiros.

Isto após, à tarde, citado pela SIC Notícias, o mesmo ministro ter assegurado que o envio dos tanques de fabrico alemão para Kyiv era certo, estando por definir os detalhes do seu envio, que deveria demorar entre dois a três meses.

"O importante é que estamos a contribuir para que a Rússia tenha uma derrota estratégica. Isso é muito importante, porque se não for esse o caso, a ordem internacional ficará muito fragilizada e aí teremos um preço muito mais elevado a pagar ao longo dos próximos anos", explicou o ministro nessa primeira intervenção.

Gomes Cravinho reiterou, no entanto, a importância de uma "derrota estratégica" da Rússia: "O mais importante, como digo, é que não haja ganho de causa para a Rússia. Nesta guerra só há perdedores. Se a Rússia consegue, através da violação dos princípios mais básicos do direito internacional, conquistar território, em outras partes do mundo outros países vão pensar 'Aquilo que a Rússia fez, nós também podemos fazer', porque a comunidade internacional não reage, não está do lado de quem tem a sua identidade territorial violada. Daí ser fundamental que a Ucrânia seja apoiada e que a Rússia sofra uma derrota estratégica."

Por sua vez, também à SIC Notícias, a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, reiterou que Portugal ainda não decidiu sobre o envio de tanques Leopard 2 à Ucrânia, esclarecendo: “O que estamos a fazer é consultar com os nossos parceiros e aliados para avaliar a situação.”

O conflito armado entre a Ucrânia e a Rússia começou, a 24 de fevereiro de 2022, com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que cerca de sete mil civis morreram e mais de 11 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: "O mais importante é que não haja ganho de causa para a Rússia"

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