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Ministro diz que "escuta" professores e está "empenhado" em negociar

O ministro da Educação marcou presença pela segunda semana seguida, garantindo que o Governo já se aproximou de algumas reivindicações dos representantes dos profissionais de educação.

Ministro diz que "escuta" professores e está "empenhado" em negociar
Notícias ao Minuto

16:39 - 25/01/23 por Hélio Carvalho

País Educação

O ministro da Educação, João Costa, defendeu esta quarta-feira os progressos feitos na escola pública, criticando "discursos catastrofistas" sobre a educação e garantindo que o Governo mantém disponibilidade para negociar com os representantes dos profissionais.

Na sua intervenção na Assembleia da República, num debate pedido pelo PCP sobre a defesa da escola pública, o governante - que tem estado debaixo de fogo devido às várias greves de profissionais de educação e de professores - admitiu que os profissionais têm razão nas suas queixas e prometeu continuar a trabalhar com os docentes.

"Está tudo bem? Não. Está tudo feito? Não. Os professores sentem-se valorizados? Basta ouvi-los e perceber que não. Temos novos desafios? Sim, temos. Os desafios de uma nova realidade social completamente diferente da que tínhamos há 15 ou 20 anos, de um problema crescente de falta de professores", explicou João Costa.

O ministro acrescentou que "o Governo continua empenhado em ir mais longe e construir soluções, negociadas e participadas, para responder a desafios antigos e mais recentes", nomeadamente no combate à precariedade, que João Costa considera ser "fundamental".

"Vivemos tempos de luta dos professores e de outros profissionais da educação, uma luta que o Governo escuta, reconhecendo circunstâncias atuais e antigas, que dão razão a muitas das reivindicações. Compete-nos, ao Governo, encontrar soluções, em parceria e com responsabilidade, como temos vindo a fazer ao longo dos últimos anos", prometeu.

No mesmo dia em que a Federação Nacional de Educação (FNE) anunciou nova greve nacional para o dia 8 de fevereiro, e numa altura em que continuam a decorrer greves de professores a nível distrital, o ministro da Educação salientou que, nas rondas de negociações, "o Governo tem-se aproximado de várias propostas, porque tem ouvido".

"Continuamos a trabalhar, porque valorizar não é apenas apontar o que está por fazer: é fazer acontecer e saber que um caminho se faz percorrendo muitas etapas", afirmou.

Costa começou ainda a sua intervenção inicial por salientar que vai ao Parlamento "com gosto, porque valorizar a escola pública é reconhecer o seu lugar único na construção da democracia, o seu estatuto impar no pódio das conquistas do Portugal democrático".

"É a escola publica que abre a porta a todos os alunos, que tem garantido mobilidade social para milhões de portugueses, onde estudou e estuda a quase totalidade da população portuguesa, que não se rende perante a adversidade, onde chegam todos os dias os filhos dos emigrantes, onde todos os dias o conhecimento se difunde e as aprendizagens se fazem. É a escola pública que tem contribuído para a redução drástica do abandono escolar precoce. É da escola que sai a esmagadora maioria dos alunos que estão e estiveram no ensino superior", vincou o ministro.

Para o ministro, um dos fatores que tem contribuído para a má imagem da escola pública são as "variadas agendas ideológicas, políticas e comerciais gostam de anunciar o caos dos serviços públicos e de levar, neste arrastão de preconceito, a escola pública".

"Seria bom começarmos estes debates sem discursos catastrofistas, que servem apenas o propósito dos que há décadas se irritam com os sucessos do Estado Social e dos serviços públicos", declarou o governante, que assumiu a tutela da educação após as legislativas de 2022.

João Costa marcou presença no Parlamento pela segunda semana consecutiva, depois de, na semana anterior, ter respondido às questões dos deputados devido às greves dos professores e aos impasses nas negociações com os sindicatos.

Na semana anterior, os sindicatos que reuniram com o Governo assumiram que houve algum progresso nas reuniões, mas mantiveram a luta perante a falta de aproximação em matérias cruciais, nomeadamente em torno do descongelamento das carreiras.

Leia Também: Federação Nacional da Educação convoca greve nacional para 8 de fevereiro

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