Homem morre 1h após ter alta em Penafiel. Família fala em troca de exames
Ao Notícias ao Minuto, o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) "lamentou profundamente a morte" e garantiu que "a situação vai ser analisada".
© Global Imagens
País Hospital de Penafiel
Um homem, de 76 anos, morreu cerca de uma hora após ter tido alta do Hospital de Penafiel. A família acusa a unidade hospitalar de negligência e afirma que a vítima, Emídio Pires, tinha no seu processo clínico exames de outra pessoa. Ao Notícias ao Minuto, o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) “lamentou profundamente a morte” e garantiu que “a situação vai ser analisada”.
O caso teve início na passada quinta-feira, dia 8 de dezembro, segundo a RTP, que acrescenta que a saúde do homem tinha vindo a deteriorar-se ao longo do último mês e que precisava de uma máscara de oxigénio 24 horas por dia.
Em declarações à estação televisiva, Sara Barbosa, neta de Emídio Pires, revelou que o homem foi levado ao hospital nesse dia por estar “muito constipado” e ter “muitas secreções, que não conseguia deitar fora”. Na altura, foi “avaliado” e submetido a "imensos exames”, tendo-lhe sido dada alta hospitalar na manhã seguinte.
“Ele passou a noite muito mal e no sábado de manhã pediu à minha tia para o levar ao hospital porque não se aguentava com tonturas e vómitos”, explicou a neta, acrescentando que o avô tinha sido diagnosticado com uma infeção e que piorou após tomar o antibiótico que lhe fora receitado.
Emídio ficou internado no Hospital de Penafiel no sábado e domingo, até ter tido alta pelas 23h45 de domingo - notícia que foi recebida com surpresa por toda a família, uma vez que a médica responsável havia dito que o homem iria ficar em observação até segunda-feira.
No entanto, Emídio teve alta porque “poderia fazer a medicação em casa”. Acabou por morrer cerca de uma hora após ter abandonado o Hospital de Penafiel, vítima de uma paragem cardiorrespiratória.
Sara Barbosa decidiu então verificar todas as análises do avô, até ter encontrado os dados clínicos de outro paciente: Emídio Pinto. Os dados continham análises realizadas no dia 7 de dezembro, um dia antes de Emídio Pires se ter deslocado à unidade hospitalar.
Para a família, a vítima foi medicada para uma doença que nunca teve. Em contacto com a neta da vítima mortal, Emídio Pinto revelou que se deslocou ao Hospital de Penafiel nos dias 7, 8 e 9 de dezembro com uma infeção renal. Segundo a RTP, foi apresentada uma queixa-crime no Ministério Público.
Questionado pelo Notícias ao Minuto, o CHTS referiu que “lamenta profundamente a morte registada e endereça sentidas condolências a todos os familiares”. “Entretanto, a situação vai ser analisada com detalhe para que, de forma adequada, se possa fazer a devida avaliação do sucedido”, acrescentou.
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