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Concurso de acesso ao Superior será concluído antes do início das aulas

As alterações ao modelo de acesso ao ensino superior deverão entrar em vigor no próximo ano letivo, indicou hoje a ministra Elvira Fortunato, antecipando que as três fases do concurso estarão concluídas até ao início das aulas.

Concurso de acesso ao Superior será concluído antes do início das aulas
Notícias ao Minuto

18:16 - 13/12/22 por Lusa

País Elvira Fortunato

"Está atualmente em curso um processo de discussão pública, com todos os atores relevantes, no sentido de rever e atualizar o sistema de acesso ao ensino superior, nas suas múltiplas vertentes", afirmou a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior que está a ser ouvida em audição regimental pela comissão parlamentar da Educação e Ciência.

Na sua intervenção inicial, Elvira Fortunato adiantou que o acesso ao ensino superior já terá novas regras e opções de acesso no ano letivo 2023/2024.

O concurso nacional de acesso será antecipado, com a primeira fase concluída em 27 de agosto e as restantes até ao início do ano letivo para que os alunos iniciem as aulas ao mesmo tempo.

"Estão a ser desenvolvidos todos os esforços para que todos os candidatos pelo concurso nacional de acesso, em todas as fases, sejam colocados entre essa data (27 de agosto) e o final do mês de setembro, garantindo-se o início da atividade letiva praticamente em simultâneo para todos os novos estudantes", explicou.

Atualmente, o calendário do concurso nacional de acesso ao ensino superior prevê a conclusão da primeira fase até ao início do ano letivo, cerca de uma semana antes de arrancarem as aulas, sendo que as duas fases seguintes são concluídas já durante o período letivo.

A propósito da revisão do modelo de acesso, a ministra afirmou ainda que a discussão em curso deve "preservar a estabilidade e confiança no sistema", "promover a equidade e a diversificação do perfil dos estudantes e contribuir para reduzir a desigualdade de oportunidades entre candidatos com as mesmas características".

Por outro lado, acrescentou, o novo modelo deve também aumentar a representação de grupos vulneráveis, bem como a autonomia das instituições de ensino superior na gestão das vias de acesso. Essa autonomia, segundo o secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Teixeira, pode traduzir-se, por exemplo, na distribuição do número de vagas.

"O atual sistema está claramente consolidado, sendo entendido como um sistema transparente e fiável. No entanto, a evolução do sistema de ensino superior, as dinâmicas a montante, no ensino secundário, e a jusante, no mercado de trabalho, e o contexto sociodemográfico requerem um olhar sistemático e prospetivo sobre o sistema de acesso", disse Elvira Fortunato.

A ministra destacou também o reforço da ação social e do alojamento estudantil, recordando medidas já anunciadas anteriormente.

A propósito do apoio à saúde mental no ensino superior, sobre o qual a tutela está a trabalhar em colaboração com o Ministério da Saúde, Elvira Fortunato assumiu o objetivo de haver um psicólogo por cada 750 estudantes até ao final da legislatura.

"Para continuar a apoiar os estudantes, também em 2023, será desenvolvida legislação específica enquadradora do acesso e frequência de estudantes com deficiência no ensino superior", acrescentou.

Segundo a governante, no primeiro trimestre do próximo ano será também iniciado um processo público e participado de avaliação do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, que já deveria ter decorrido em 2012.

Esse processo será dinamizado por uma comissão de avaliação independente e presidido pelo antigo presidente do Conselho de Administração da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, Alberto Amaral.

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