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Remodelação do Governo mostra "acelerado processo de degradação"

O Chega considerou hoje que a remodelação no Governo demonstra que o executivo socialista está em "acelerado processo de desagregação" e criticou a escolha de Mendonça Mendes para Adjunto de Costa por ser irmão de uma ministra.

Remodelação do Governo mostra "acelerado processo de degradação"
Notícias ao Minuto

18:33 - 29/11/22 por Lusa

Política Chega!

"O Governo está em acelerado processo de desagregação, isso parece-me evidente", sustentou o presidente do Chega, André Ventura, em declarações na Assembleia da República, pouco depois de ser conhecida a remodelação no executivo.

O primeiro-ministro mudou hoje dois dos três secretários de Estado na tutela do ministro da Economia e escolheu António Mendonça Mendes para seu secretário de Estado Adjunto, de acordo com uma nota na página da Presidência da República na internet.

"O Presidente da República aceitou hoje as propostas do Primeiro-Ministro de exoneração de três secretários de Estado: dos Assuntos Fiscais, da Economia, e do Turismo, Comércio e Serviços, bem com as seguintes propostas de nomeação", refere a nota.

André Ventura acrescentou que a exoneração dos secretários de Estado da Economia e do Turismo, Comércio e Serviços demonstra, "provavelmente, que o Governo está numa fase um pouco estranha de decomposição".

O presidente do partido de extrema-direita recordou que os governantes exonerados tinham criticado as declarações do ministro da Economia, António Costa Silva, sobre uma redução generalizada do IRC.

"Provavelmente António Costa Silva encostou António Costa à parede. A polémica do IRC deixou claro que os secretários de Estado que saíram contra o ministro na verdade deram mais peso ao primeiro-ministro. Ora, para serem demitidos pelo próprio primeiro-ministro é porque António Costa Silva disse: 'Ou estes secretários de Estado saem ou eu vou-me embora'", elaborou Ventura, que questionou também como estará a relação entre António Costa, o ministro da Economia e o ministro das Finanças, Fernando Medina.

Na opinião de André Ventura, o primeiro-ministro "não quis arriscar mais uma crise com um ministro".

O presidente do Chega também criticou a escolha de Mendonça Mendes para novo secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, por ser irmão da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes.

"Tenho a maior consideração por António Mendonça Mendes, aliás, tive vários debates com ele no parlamento, onde foi sempre reconhecida a sua enorme capacidade técnica e política, e o seu conhecimento, sobretudo, na área da fiscalidade. Mas não acho, e o Chega não acha, positivo que o irmão de uma ministra esteja a coordenar o Governo", explicou o presidente do partido.

A escolha de Mendonça Mendes para "homem forte do primeiro-ministro" sendo ao mesmo tempo familiar de Ana Catarina Mendes, na opinião de Ventura, contradiz a intenção do Governo de "combater o nepotismo e as teias de cumplicidade" e é "mais lenha para a fogueira" de casos no executivo suportado por uma maioria absoluta do PS.

António Mendonça Mendes deixa as funções de secretário de Estado dos Assuntos Fiscais para ocupar o lugar de secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, que estava em aberto desde a demissão de Miguel Alves.

Pedro Cilínio substitui João Neves como secretário de Estado da Economia e Nuno Fazenda é o novo secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, cargo até aqui desempenhado por Rita Marques.

A posse dos novos titulares terá lugar na sexta-feira, 02 de dezembro, pelas 12h00, no Palácio de Belém.

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