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Cooperação ibérica "permitiu encontrar respostas" num ano "difícil"

Este ano, afetado pela guerra e pela seca, "demonstrou que a proximidade entre Portugal e Espanha" permitiu "encontrar respostas para problemas difíceis e abrir caminhos para boas soluções", destacou António Costa.

Cooperação ibérica "permitiu encontrar respostas" num ano "difícil"

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou, esta sexta-feira, que a "proximidade entre Portugal e Espanha" e a "cooperação entre os dois governos" permitiu "encontrar respostas para problemas difíceis e abrir caminhos para boas soluções", destacando o acordo ibérico de energia e das interconexões. 

"Foi um ano particularmente difícil, a enfrentar uma seca severa e todas as consequências geradas pela guerra da Rússia contra a Ucrânia, em particular a crise energética", começou por afirmar o chefe de Governo numa conferência de imprensa com o seu homólogo espanhol, Pedro Sánchez, à margem da 33.ª cimeira ibérica, em Viana do Castelo.

Costa considerou que "este ano demonstrou que a proximidade entre Portugal e Espanha" e a "excelente cooperação politica entre os dois governos" permitiu sempre "encontrar respostas para problemas difíceis e abrir caminhos para boas soluções", não só no "contexto ibérico", como na União Europeia.

Em causa estão dois acordos dos governos português e espanhol: um, com a Comissão Europeia, que permite estabelecer um mecanismo temporário para fixar o preço médio do gás e outro, com o governo francês, que prevê um gasoduto marítimo para transportar hidrogénio ‘verde’. 

Em relação ao acordo sobre as interconexões, segundo o primeiro-ministro, os governos de Portugal, Espanha e França estão a trabalhar para que, "depois do encontro em Alicante", no dia 9 de dezembro, possa ser apresentado "um projeto comum na União Europeia na data limite, que é 15 de dezembro".

O primeiro-ministro asseverou que os dois governos vão "continuar a trabalhar juntos" e que se irão reunir com o presidente do Senegal, Macky Sall, durante a COP 27, para "lançar uma iniciativa global contra a seca", uma vez que "é um desafio global" e uma "das piores manifestações das alterações climáticas".

No campo da Tecnologia, Costa anunciou a criação de uma "constelação de satélites" entre Portugal e Espanha, que será uma ferramenta "fundamental para disponibilizar informação", e de um centro de armazenamento de energia em Cáceres, Espanha, que será o "irmão gémeo" do centro nanotecnologia de Braga.

Passará também a existir uma cimeira anual na área da Ciência, que irá "estimular e partilhar o conhecimento conjunto entre os cientistas de Espanha e Portugal".

Na questão transfronteiriça, estão previstas, no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a criação de "duas vias rodoviárias" que vão ligar Nisa, em Portalegre, e Alcoutim, em Faro, a Espanha. "São dois exemplos de pequena dimensão, mas de extrema importância para as regiões", destacou Costa.

Está também em estudo a ligação entre Aveiro e Salamanca e Faro-Huelva-Sevilha. "Não são para amanhã, não são para para depois de amanhã, mas hoje mesmo podemos começar a fazer o que nos comprometemos a fazer, que é estudar essas ligações", concluiu o primeiro-ministro.

Realizou-se, esta sexta-feira, a 33.ª cimeira ibérica. Estão em Viana do Castelo nove ministros de cada governo, com as pastas da energia, ambiente, transportes, obras púbicas, igualdade, administração interna, negócios estrangeiros e coesão territorial. 

Leia Também: Cimeira Ibérica arranca com honras militares por Viana do Castelo

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