Luís Cardoso, um professor de Educação Física de 52 anos, que trabalha na Associação de Voleibol do Porto, sofreu um aneurisma enquanto viajava pelos EUA, no verão. Depois de ter realizado várias cirurgias de emergência e ter sobrevivido com poucas sequelas, viu-se a braços com outro problema: Uma dívida de 150 mil euros ao Hospital Presbyterian, em Nova Iorque.
Tal como contou, um mês depois do susto, na sua página de Facebook, "perante a dificuldade em fazer face às despesas médicas" e de o seguro apenas cobrir 30 mil euros, decidiu criar, por incentivo da família, uma campanha de angariação de fundos.
A boa nova chega agora. O Luís conseguiu angariar, em apenas um mês, 120 mil euros para pagar as dívidas na unidade hospitalar norte-americana, onde foi operado e esteve internado.
"Esta semana atingimos o impensável. O que apenas há um mês simplesmente parecia algo impossível, de repente, tornou-se uma realidade. A sensação é a de um sonho. Sem sabermos bem como, foi algo que foi crescendo em forma de onda, tornando-se num tsunami de carinho, solidariedade, amizade e muito amor", começou por escrever o docente nas redes sociais, este domingo.
No longo e comovente texto, Luís revelou que recebeu mensagens e apoio de muitos amigos, conhecidos e até anónimos e que isso foi essencial para conseguir ultrapassar "tudo isto". Agradece ainda a todos aqueles que "mobilizaram atividades completamente diferentes umas das outras" para angariar dinheiro, "à família do Voleibol", que diz ter sido "incrível", assim como a muitos outras pessoas, que nomeia na sua publicação.
Na mesma partilha, o docente explica que "com o contributo de todos, foi possível alcançar a incrível quantia de 120.278 euros, o que, juntando aos 30 mil euros já assumido pela seguradora, perfaz a quantia de 150.278.85 euros, valor que já cumpre a previsão apontada pelo hospital".
Desta forma, o professor de Educação Física, decidiu encerrar a campanha publicada no GoFundMe.
Ainda sobre as despesas, Luís explica que está a fazer "todos os esforços" para saber o valor final certo que terá de pagar, de forma a colocar "um ponto final nessa questão" e "encerrar esta fase difícil". Se o valor dos tratamentos ficar aquém do valor angariado, a família vai doar "o excedente a instituições de caridade".
Entretanto, Luís ainda terá de fazer uma operação para reconstruir a parte esquerda do crânio, algo que deseja fazer "o mais rápido possível".
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