O primeiro-ministro português, António Costa, marcou presença na inauguração das instalações da Airbus Atlantic Portugal, esta quarta-feira, em Santo Tirso. Na cerimónia, o chefe do Governo adiantou que as instalações já estão em funcionamento, com 100 trabalhadores, número que deverá crescer tanto este ano, como no próximo.

O crescimento será também evidente em termos de produção, uma vez que  "parte desta infraestrutura [já está] preparada para novas linhas de montagem, e a Airbus já reservou mais um lote para poder, no futuro, expandir a sua atividade aqui nesta zona industrial", salientou António Costa.

“A Airbus é uma grande empresa global, uma empresa europeia que compete à escala global, e é para nós uma enorme honra fazermos parte desta equipa europeia que ajuda a competir à escala global na produção de aviões e de outras aeronaves”, complementou.

O responsável destacou ainda que a relação de Portugal com o grupo Airbus não se limita "a este investimento industrial em Santo Tirso", apontando que "há outro investimento muito importante", nomeadamente o Global Business Center, em Lisboa, e que conta já com 300 funcionários e "uma perspetiva tão ambiciosa de crescimento até 2025".

António Costa apontou, contudo, que a Airbus, "além do investimento direto que faz, contribui mais ainda para a nossa economia, e contribui, desde logo, com a aquisição que faz a diferentes empresas portuguesas, num conjunto de bens ou de serviços". Nessa linha, o primeiro-ministro esclareceu que, no último ano, essas aquisições foram de “cerca de 65 milhões de euros de compras feitas no mercado português, desde peças industriais a software altamente sofisticado para a indústria da aviação”.

A fábrica da Airbus, em Santo Tirso, reflete a nossa aliança sólida com este grupo europeu e a certeza de que Portugal continuará a desempenhar um papel relevante na estratégia global de uma equipa europeia que produz aviões para todo o mundo. pic.twitter.com/pz96XPvmtn

— António Costa (@antoniocostapm) September 14, 2022

"É, por isso, um parceiro de presente e de futuro, e é com muito agrado que vemos a Airbus desenvolver também novas parcerias na área da inovação com outras empresas portuguesas, na busca de procurarmos ter, cada vez mais, peças e aeronaves mais eficientes e adaptadas ao novo mundo energético em que precisamos de viver, desde logo porque é fundamental contribuir para diminuir o impacto da atividade aeronáutica nas emissões de carbono", apontou.

Nessa linha, o responsável considerou que Portugal tem "uma aliança sólida" com o grupo Airbus, pelo que o país "continuará a desempenhar um papel relevante na estratégia global" da empresa.

"Para nós, isso é muito importante. Portugal definiu, em 2017, a área do aeroespacial como um novo cluster em que queremos desenvolver o nosso país", recordou, indicando que, atualmente, Portugal conta com "cerca de 90 empresas, mais de 18 mil postos de trabalho, e um volume de negócios de 1.700 milhões de euros anuais", em diferentes polos do país.

António Costa manifestou, assim, "a ambição de continuar a crescer", razão pela qual foi aprovada uma "estratégia nacional para o espaço com a criação da Agência Espacial Portuguesa", bem como a realização de trabalhos em parceria com o cluster da indústria aeronáutica.

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