"Vim prestar homenagem a uma figura ímpar e inesquecível (...), a Rainha Isabel II foi amiga de Portugal através das presenças em Portugal, em 1957 e em 1985, e através da ligação que sempre demonstrou na nossa História conjunta", disse João Gomes Cravinho, em declarações aos jornalistas presentes no local.
O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) recordou "a mais antiga aliança" do mundo (entre Portugal e a Inglaterra), frisando que Portugal "perdeu uma amiga por quem tinha um profundo respeito, pelas instituições mas também ancorado no povo português".
"Creio que (em Portugal) vai falar-se hoje na Rainha Isabel II e sempre num tom de consternação e de respeito pelos 70 anos como monarca de um país próximo", afirmou ainda Gomes Cravinho após ter mantido um encontro à porta fechada durante 15 minutos com o representante diplomático britânico em Lisboa.
Questionado pelos jornalistas sobre o formato da representação protocolar do Estado português nas cerimónias fúnebres da monarca britânica, João Gomes Cravinho afirmou que existe total disponibilidade de Portugal para se fazer representar ao mais alto nível, aguardando ainda as instruções do Palácio de Buckingham.
"Nós aguardamos indicação por parte das autoridades britânicas, por parte do Palácio de Buckingham e do próprio Rei Carlos III, novo rei, sobre o formato do funeral. Há disponibilidade de Portugal para estar representado ao mais alto nível mas aguardamos instruções", referiu o ministro dos Negócios Estrangeiros.
A Rainha Isabel II morreu aos 96 anos no Castelo de Balmoral, na Escócia, após mais de 70 anos do mais longo reinado da história do Reino Unido.
Elizabeth Alexandra Mary Windsor nasceu em 21 de abril de 1926, em Londres, e tornou-se Rainha de Inglaterra em 1952, aos 25 anos, na sequência da morte do pai, George VI, que passou a reinar quando o seu irmão abdicou.
Após a morte da monarca, o seu filho primogénito assume aos 73 anos as funções de Rei como Carlos III.
[Notícia atualizada às 14h29]
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