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Sindicato critica posições "evasivas" da Altice sobre política salarial

O Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Altice em Portugal (STPT) criticou hoje as "demasiado evasivas" e "pouco concretas" posições da Comissão Executiva da Altice sobre a política salarial, modelo de evolução profissional e política de recursos humanos na empresa.

Sindicato critica posições "evasivas" da Altice sobre política salarial
Notícias ao Minuto

13:56 - 26/07/22 por Patricia Dinis

País STPT

"Perante questões concretas como política salarial, modelo de evolução profissional, política de recursos humanos, estabilidade no emprego, etc, as respostas da CEO [presidente executiva] foram demasiado 'evasivas' e pouco concretas sobre o real pensamento da COMEX [Comissão Executiva]", sustenta o sindicato num comunicado divulgado na sequência de uma reunião realizada na segunda-feira com a nova CEO da Altice, Ana Figueiredo.

No encontro, o STPT diz ter recordado "o compromisso do grupo Altice, através do CEO Dexter Goei, em 2014, onde existia a ideia de não haver intenção da Altice de adotar medidas que prejudicassem o consenso com os trabalhadores e onde se comprometiam em privilegiar soluções negociadas e acordadas com os trabalhadores".

Para o sindicato, "deveria voltar-se a esses princípios", com a Comissão Executiva a assumir perante os trabalhadores "uma orientação clara e inequívoca de que não haverá mais despedimentos coletivos, por motivos de mercado, de evolução tecnológica ou necessidade de alteração organizativa ou estrutural".

Contudo, para o STPT, "não foi claramente objetiva a resposta da Dr.ª Ana Figueiredo" a estas questões.

Assumindo a política salarial como "a principal motivação dos trabalhadores e de atração e manutenção de novos trabalhadores", o sindicato diz ainda ter sugerido e solicitado à administração da Altice "um entendimento entre as partes que garanta a atualização salarial anual indexada à inflação e aos resultados financeiros da empresa".

Contudo, relata, "nesta matéria a CEO considera que o salário não é o único fator de atratividade para as empresas, chamando a atenção que a economia [portuguesa] acaba por perder quando concorre com outros mercados".

"Adiantou ainda, que os empresários e gestores procuram sempre ter as melhores pessoas, acrescentando ainda a necessidade de uma maior flexibilização e mobilidade dos trabalhadores", refere o sindicato.

Sobre a alteração aos planos de saúde da empresa -- que esteve na base de uma greve marcada para o passado dia 21, mas que acabou por ser suspensa - o STPT revela ter solicitado à CEO "que as alterações não fossem de imediato decididas sem que a COMEX dê conhecimento prévio aos beneficiários dos planos sobre o que pretende fazer e porque é necessário fazer".

A este propósito, o sindicato diz ter recordado que, nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho para 2022, "a COMEX aceitou estabelecer em protocolo que, durante o ano de 2022, não haveria alterações aos planos" e salientou que a administração "não informou os sindicatos de que queria estabelecer alterações aos planos ainda neste ano".

"O STPT sugeriu à CEO uma maior reflexão sobre esta matéria", salienta o sindicato, sublinhando que "a prática de uma gestão que favorece o envolvimento dos trabalhadores nas decisões da empresa ganha sempre vantagem competitiva".

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