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"Dardo contra o preconceito". Personalidades reagem à morte de Paula Rego

Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, foi o primeiro a recordar o legado da aclamada e premiada artista portuguesa.

"Dardo contra o preconceito". Personalidades reagem à morte de Paula Rego
Notícias ao Minuto

12:26 - 08/06/22 por Notícias ao Minuto

País Paula Rego

Paula Rego, uma das mais aclamadas e premiadas artistas portuguesas a nível internacional, morreu na manhã de hoje em Londres, aos 87 anos, disse à agência Lusa fonte próxima da família. Personalidades nacionais já começaram a recordar e a homenagear a pintora.

Marcelo Rebelo de Sousa lamentou, esta quarta-feira, a morte de Paula Rego, assinalando que se trata de "uma perda nacional". O Presidente da República afirmou ainda que irá dialogar com o primeiro-ministro, António Costa, "para falar como assinalar esta perda nacional".

"É, em termos de artista plástica, muito completa, com maior projeção no mundo desde que nos deixou Vieira da Silva", apontou ainda o Chefe de Estado. 

Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República, também já reagiu, afirmando, no Twitter que, "Paula Rego soube explorar os nossos sonhos, os nossos medos, as nossas histórias, a nossa condição". "Cada quadro seu é um dardo atirado contra o preconceito, a dominação, a indiferença. Muito, muito obrigado, Paula Rego!", acrescentou. 

O presidente eleito do PSD, Luís Montenegro, transmitiu hoje os seus pêsames à família e amigos da pintora Paula Rego, que recordou como "um dos maiores vultos da cultura portuguesa".

Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, socorreu-se das redes sociais para considerar que "Paula Rego ficará para sempre como uma figura maior da cultura portuguesa, deixando-nos uma obra de pintura invulgar e irrepetível pela sua criatividade única com projeção mundial".

Através do Twitter, Isabel Moreira, deputada pelo PS, também prestou a sua homenagem a Paula Rego. "Imortal. Maior que tudo. Obrigada, Paula Rego", escreveu.

Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, salientou, nas redes sociais, que Paula Rego era uma "pintora da matéria de que são feitos os sonhos e os pesadelos, as mulheres e a vida. Enorme. Hoje tudo será pouco". 

Pedro Filipe Soares, deputado pelo Bloco de Esquerda, considerou que "Paula Rego pintou a condição humana com uma verdade que nos confrontava e não nos deixava indiferentes". "Partiu, mas não nos deixou".

Carlos Carreiras, presidente da Câmara de Cascais, concelho onde se situa a Casa das Histórias Paula Rego, vai decretar um dia de luto municipal na quinta-feira pela morte da pintora, hoje, aos 87 anos, anunciou a autarquia.

No que a partidos diz respeito, o PSD colocou, no seu Twitter oficial, uma mensagem onde assinala que "foi com consternação" que "recebeu a notícia do falecimento de Paula Rego".

O Centro Nacional de Cultura (CNC) manifestou "grande desgosto" pela morte da pintora Paula Rego, hoje aos 87 anos, em Londres, onde vivia há décadas. "O Centro Nacional de Cultura manifesta o grande desgosto pelo falecimento da sua sócia efetiva, hoje ocorrido. Apresentamos sentidas condolências à família e amigos", lê-se numa nota publicada no 'site' do CNC.

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, lamentou a morte de Paula Rego, hoje, em Londres, aos 87 anos, assegurando que a pintora vai continuar a viver em cada um.

Por seu lado, o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, lembrou Paula Rego como uma "artista da metáfora e do real", realçando a sua "forte ligação à experiência portuguesa".

O primeiro-ministro, António Costa, também reagiu, esta quarta-feira à tarde,  à morte da pintora numa mensagem publicada através da rede social Twitter. O governante enalteceu o trabalho da artista, que perdurará no tempo. "Paula Rego era uma artista de qualidade excecional, cuja obra alcançou um grande reconhecimento internacional", começou por salientar, acrescentando que "as suas pinturas encerram imagens poderosas que ficarão sempre connosco e com as gerações por vir".

A Fundação Calouste Gulbenkian lamentou "profundamente" a morte de Paula Rego, classificando-a como "uma das mais extraordinárias artistas nacionais", com quem manteve estreitos laços desde sua bolseira, nos anos 1960.

Também o embaixador da União Europeia (UE) no Reino Unido, o português João Vale de Almeida, lamentou a morte da pintora portuguesa, que descreveu como "irreverente, inovadora e profunda"

Já o secretário de Estrado das Artes britânico, Stephen Parkinson, considerou Paula Rego "uma das artistas mais influentes da sua geração", que deixa um grande legado. 

Aclamada e premiada. O percurso de Paula Rego

Paula Rego estudou nos anos 1960 na Slade School of Art, em Londres, onde se radicou definitivamente a partir da década de 1970, mas com visitas regulares a Portugal, onde, em 2009, foi inaugurado um museu que acolhe parte da sua obra, a Casa das Histórias, em Cascais.

Nascida a 26 de janeiro de 1935, em Lisboa, foi galardoada, entre outros, com o Prémio Turner em 1989, e o Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso em 2013, além de ter sido distinguida com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada em 2004. Em 2010, recebeu da Rainha Isabel II a Ordem do Império Britânico com o grau de Oficial, pela sua contribuição para as artes.

Em 2019, recebeu a Medalha de Mérito Cultural do Governo de Portugal.

Leia Também: Marcelo lamenta morte de Paula Rego: "É uma perda nacional"

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