A esperança de vida à nascença foi estimada, no triénio 2019-2021, em 80,72 anos (77,67 anos para os homens e 83,37 anos para as mulheres), segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística. Existe, assim, uma redução de 4,1 meses neste indicador relativamente ao triénio anterior (81,06 anos).
Em causa estão valores que representam, relativamente a 2018-2020, uma diminuição da esperança de vida à nascença de cerca de 4,8 meses para os homens e de 3,6 meses para as mulheres.
Segundo o INE, este é o "resultado do aumento do número de óbitos no contexto da pandemia da doença Covid-19" - sobretudo de pessoas com idades iguais ou superiores a 60 anos, em particular dos 65 aos 84 anos.
"A redução da esperança de vida à nascença, no triénio 2019-2021, foi equivalente ao progresso observado nos últimos quatro períodos, retomando valores próximos dos estimados para 2015-2017 (80,78 anos)", refere ainda o INE.
O instituto estatístico destaca ainda que, no espaço de uma década, registou-se um aumento de 14,0 meses de vida para o total da população (14,4 meses para os homens e de 11,3 meses para as mulheres). "Enquanto nas mulheres esse aumento resultou sobretudo da redução na mortalidade em idades iguais ou superiores a 60 anos, nos homens o acréscimo continuou a ser maioritariamente proveniente da redução da mortalidade em idades inferiores a 60 anos", aponta a mesma fonte.
Por sua vez, a esperança de vida aos 65 anos, no último triénio, foi estimada em 19,35 anos para os portugueses. Aos 65 anos, os homens podiam esperar viver mais 17,38 anos e as mulheres 20,80 anos. Está, assim, em causa uma redução de, respetivamente, 4,6 e 3,7 meses face ao período compreendido entre 2018-2020. Nos últimos dez anos, por outro lado, a esperança de vida aos 65 anos aumentou 5,5 meses para os homens e 7,2 meses para as mulheres.
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