Morte de adepto. Marco 'Orelhas' entrega-se às autoridades judiciárias
O homem é pai de Renato Gonçalves, de 19 anos, que foi detido há uma semana por suspeitas das agressões que resultaram na morte de um adepto do FC Porto.
© Global Imagens
País Porto
Marco 'Orelhas' Gonçalves apresentou-se, esta segunda-feira, na Polícia Judiciária do Porto, avança a SIC Notícias. O número dois da claque dos Super Dragões foi constituído arguido por ofensa à integridade física no caso da morte de Igor Silva, o adepto que morreu durante as comemorações do título do FC Porto. Segundo fonte policial adiantou à Lusa, podem vir a ser constituídos outros arguidos no processo.
'Orelhas', como é conhecido, saiu em liberdade. No mesmo caso está envolvido o seu filho, Renato Gonçalves, detido há uma semana por suspeita de autoria das agressões que resultaram na morte do mesmo adepto, que tinha 26 anos.
O jovem de 19 anos terá confessado o crime e mostrado disponibilidade para colaborar com as autoridades.
Em declarações aos jornalistas, a advogada de 'Orelhas' disse que este se encontrava "preocupado", "acima de tudo, porque tem um filho detido". Poliana Ribeiro disse à estação que o mais recente arguido neste caso estava preparado "para colaborar com a Justiça".
Em relação aos motivos que o levaram a entregar-se às autoridades, a advogada explicou que foi devido ao "alarido" que tem sido feito à volta do caso.
"No fundo tem muito a ver com a comunicação social e com todo o alarido que tem sido feito à volta disto. É verdade que o senhor Marco nunca tinha sido notificado pelas entidades para comparecer e, portanto, resolveu fazê-lo de forma voluntária. Apresentar-se e, portanto, ver o que é que as autoridades pretendiam dele, e assim foi", explicou Poliana Rodrigues.
Renato Gonçalves ficou em prisão preventiva depois de ser presente a tribunal.
Fonte ligada à investigação explicou que nos incidentes que resultaram na morte de Igor Silva esteve em causa "uma questão pessoal, desavenças, entre a vítima, a família do arguido e o próprio arguido [Renato Gonçalves]".
A mesma fonte esclareceu que o episódio de violência "não se tratou de disputa de territórios, nem de guerras entre 'gangues' armados, nem teve a ver com futebol", acrescentando que, durante as agressões, não foram usadas armas de fogo, apenas a faca que o arguido usou para esfaquear mortalmente a vítima.
Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) indicava que os factos ocorreram na madrugada de domingo, 8 de maio, na cidade do Porto, "em retaliação por uma sucessão de agressões que, desde janeiro deste ano, vinham ocorrendo entre o arguido, familiares deste e a vítima".
"Na ocasião, um grupo de indivíduos, de entre os quais o arguido, perseguiu a vítima, alcançando e agredindo a mesma com murros e pontapés", referia a nota.
A PJ contava ainda que, após intervenção de alguns populares, que também foram agredidos, a vítima afastou-se do local, mas viria a ser abordada pelo arguido que, "munido de uma arma branca de dimensões significativas, a atingiu repetidamente e com extrema violência, provocando-lhe a morte".
[Notícia atualizada às 15h42]
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