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"Setúbal é um caso isolado que tem de ser investigado"

Ministra Adjunta dos Assuntos Parlamentares defendeu que o acolhimento de migrantes em Setúbal, à exceção deste episódio, foi sempre realizado de forma exemplar.

"Setúbal é um caso isolado que tem de ser investigado"

A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, afirmou, esta terça-feira, na Assembleia da República que, a confirmar-se, "Setúbal é um caso isolado que tem de ser investigado". 

"Estas situações são inaceitáveis e, não tendo o Estado qualquer responsabilidade neste caso, a nossa responsabilidade é sempre e sempre de robustecer a resposta e melhorar o acolhimento daqueles que aqui chegam em situação de fragilidade", sublinhou sobre a polemica que envolve a Câmara de Setúbal e o acolhimento de refugiados ucranianos por russos pró-Kremlin.  

Dirigindo-se a Inês Sousa Real, do PAN, a ministra afirma ter "muito orgulho de há muitos anos ser não só deputada, como ter sido eleita por Setúbal, e conhecer muito bem a realidade do acolhimento de migrantes enquanto distrito e concelho". 

Acrescenta ainda que "até este episódio" não há nada que a deputada possa dizer que faça a ministra achar que o acolhimento "não tem sido feito de forma a integrar as pessoas com projetos notáveis".  

Portugal é um exemplo no acolhimento de migrantes

Nas suas declarações, a ministra sublinhou ainda que "Portugal é um exemplo no acolhimento de migrantes" pela forma como se integram aqueles que chegam ao nosso país. 

Ana Catarina Mendes lamenta, no entanto, a situação de Setúbal que considera "inaceitável seja pela irresponsabilidade ou por excesso de voluntarismo que baixou, ou terá baixado, os níveis de alerta para questões de alerta que não podiam acontecer em matéria de acolhimento de refugiados".

Defende também que "os direitos, liberdades e garantias de todos os que aqui chegam devem ser escrupulosamente respeitados", mas que é "nos momentos de crise humanitária que também surgem os maiores perigos de oportunismo". 

A socialista reforçou que chegaram ao nosso país "35.778 pedidos [de proteção temporária]  à data de hoje" que se encontram "distribuídos por todo o território". 

Especifica ainda que "67% das pessoas que chegam são mulheres, 30% são menores e 61% das pessoas que aqui chegam são pessoas em idade ativa" e que tudo tem sido feito de forma a acolher estas pessoas o melhor possível. 

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