Num comunicado enviado à comunidade escolar, a que o Notícias ao Minuto teve acesso, Rogério Colaço, presidente do Instituto Superior Técnico (IST), afirma que “o Técnico é uma escola aberta, inclusiva, plural ou multicultural” com “tolerância zero” para práticas “agressivas, exclusivas, discriminatórias”.
Na nota, referindo-se à notícia da Sábado sobre o inquérito direcionado aos alunos do Técnico sobre a sua saúde mental - que revelou mais de 400 casos de assédio, com 10% das alunas a reportar assédio sexual -, o presidente do Instituto Superior Técnico diz que casos reportados “por estudantes, professores, investigadores ou técnicos e administrativos” que façam menção a comportamentos inapropriados “resultam na abertura de um processo de inquérito ou de um processo disciplinar”.
Depois de exortar a Carta dos Direitos e Garantias da Universidade de Lisboa, o docente pede aos membros da comunidade escolar que denunciem situações de assédio de que tenham tido conhecimento ao gabinete da provedoria ou diretamente para o Conselho de Gestão.
O Técnico garante ainda que “foram reforçados os meios de atuação sobre questões éticas” e que encara "de forma muito séria" os problemas de saúde mental da comunidade.
Este tipo de casos nas universidades portuguesas viram luz depois de a Faculdade de Direito de Lisboa ter aberto um canal para receber denuncias de assédio e discriminação e em 11 dias, ter recebido 50 queixas, relativas a 10% dos professores.
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